A cantoria polêmica na comemoração da Argentina da conquista da Copa América segue rendendo capítulos. Após cobrar um posicionamento de Lionel Messi e do presidente da AFA, o Subsecretário de Esportes do país, Julio Garro, foi demitido do cargo pelo governo na última quarta-feira, 17.
Tudo começou quando os jogadores da seleção nacional cantaram uma música com letra racista e xenofóbica durante as comemorações do título continental. Com a repercussão negativa, Garro afirmou que o capitão da equipe e o presidente da federação de futebol deveriam pedir desculpas pelo ocorrido.
La Oficina del Presidente informa que ningún gobierno puede decirle qué comentar, qué pensar o qué hacer a la Selección Argentina Campeona del Mundo y Bicampeona de América, ni a ningún otro ciudadano. Por esta razón, Julio Garro deja de ser Subsecretario de Deportes de la… pic.twitter.com/o4JRC7gGB1
— Oficina del Presidente (@OPRArgentina) July 17, 2024
“Acho que o capitão (Messi) da seleção nacional e o presidente da AFA (Associação Argentina de Futebol) (Claudio Tapia) deveriam se desculpar. É apropriado. Isso (a controvérsia) nos deixa em uma situação ruim com tanta glória“, falou o então funcionário do governo nacional.
Algum tempo depois, o gabinete do presidente, Javier Milei, emitiu um comunicado sobre a demissão: “O Gabinete do Presidente relata que nenhum governo pode dizer o que comentar, o que pensar ou o que fazer à Seleção Argentina, Campeã Mundial e Bicampeã Americana, ou a qualquer outro cidadão. Por esta razão, Julio Garro deixa de ser Subsecretário de Esportes da Nação.“
Em pronunciamento depois da notícia, Julio Garro voltou a se manifestar agradecendo o mandatário pela oportunidade de participar de seu governo, e lamentando a repercussão negativa de seu comentário: “Sinto muito se meu comentário ofendeu alguém, essa nunca foi minha intenção, e é por isso que disponibilizei minha demissão, embora eu sempre esteja do outro lado da discriminação em todas as suas formas.”
O principal afetado pela polêmica foi Enzo Fernández, que tem convivido com muitas críticas e viu companheiros de Chelsea, negros e franceses, o deixarem de seguir nas redes sociais. O clube inglês divulgou um comunicado o repreendendo do ato e afirmando que um processo interno foi aberto para investigar o argentino.
