Nesta quarta-feira, 20, San Marino, seleção lanterna do ranking da Fifa, está confiante que pode ter uma grande chance de quebrar o jejum de quase 20 anos sem vencer. A 210ª colocada fará o primeiro de dois amistosos com São Cristóvão e Névis, em busca do segundo triunfo em 203 jogos em toda sua história.
Um pequeno território dentro da Itália, San Marino possui cerca de 33 mil habitantes e é o quinto menor país do mundo. Para efeito de comparação, a população de Copacabana, bairro do Rio de Janeiro, é quase cinco vezes maior que isso. A equipe da pequena nação europeia é a última colocada no ranking da Fifa. Rival nesta quarta-feira, 19, e no próximo domingo, 24, o time do arquipélago caribenho São Cristóvão e Neves está na posição de 147. Mas, tem um histórico maior de vitórias, com três somente no ano de 2023.
San Marino score their first goal in 16 competitive games 🇸🇲#EURO2024 pic.twitter.com/jytH2Mn35w
— UEFA EURO 2024 (@EURO2024) October 19, 2023
San Marino conseguiu perder 193 dos 202 jogos que disputou. A única vez que venceu foi durante um confronto amistoso contra Liechtenstein, por 1 a 0, em abril de 2004. O maior artilheiro da história da seleção é Andy Selva, que fez o gol da ocasião, tendo oito no total. Desde então, foram 136 jogo, sofrendo 556 gols e marcando somente 19.
“A pior lembrança foi a partida contra a Holanda em 2011, que terminou 11 a 0. Já eram oito ou nove e ainda faltava muito tempo e me lembro da torcida incentivar a Holanda para ver mais gols”, disse o atacante Matteo Vitaioli, de 34 anos, que atua a 17 anos por San Marino e nunca conseguiu comemorar uma vitória sequer com a camisa de seu país, em entrevista para a “BBC”.
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Vitaioli tem 89 jogos pelo pequeno país, sendo o jogador com mais partidas na história da seleção, marcando somente um gol, que saiu contra a Lituânia em 2016. O atleta esteve nas 10 derrotas da seleção no Grupo H das Eliminatórias da Euro, com 31 gols sofridos e somente três marcados. Mas, o atacante acredita que o time tem chances contra o futuro adversário. “Significaria fazer parte da história da seleção do meu país, por isso é o principal objetivo. Representa uma oportunidade de deixar uma marca, algo que não pode ser perdido. Seria algo que em 2050 e depois seria lembrado, porque houve tão poucas vitórias”, comentou.
A liga local de San Marino é apenas amadora. Matteo Vitaioli, por exemplo, é designer gráfico. Mas, o orgulho em representar sua seleção nunca desanima os jogadores da pior seleção do mundo. O grupo de atletas consegue até mesmo celebrar as pequenas conquistas, como um único gol, que saiu contra a Dinamarca, em outubro do ano passado, na derrota por 2 a 1.
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