Nesta quarta-feira, 7, Daniel Alves deu seu depoimento no último dia do julgamento da denúncia de abuso sexual feita por uma mulher espanhola, no início de 2023. Além das palavras do jogador, que falou sobre o caso pela primeira vez e não sua equipe de defesa, a advogada da acusação também deu sua versão.
Ester García, responsável pela defesa da mulher que fez a denúncia, reforçou o pedido de pena máxima para o brasileiro. “Não é não. Ela disse ‘quero ir já’. Ele sabia que ela não queria pois ela tinha manifestado. Ele deu tapas na cara. Ato de humilhação”, disse a advogada no julgamento.
Neste caso de Daniel Alves, a pena máxima é de 12 anos. Por outro lado, a defesa do jogador segue pedindo pela absolvição dele, já que esse ano na prisão só aconteceu de forma preventiva. Na visão de Inés Guardiola, advogada do lateral, ele não se limitou a dar apenas uma versão e a mulher também demonstrou interesse na relação sexual.
“A violência descrita pela denunciante na penetração é incompatível com a prova pericial médica. Nenhum ferimento nas suas genitais interna ou externa. Corrobora que a relação sexual foi consentida.(…) Não tinha nenhuma vermelhidão nem sinal (no rosto). É incompatível com a mecânica que descreve. (…) É essencial avaliar o comportamento anterior para avaliar o consentimento”, declarou a advogada.
Além do pedido de absolvição, a defesa do jogador pediu pela liberdade provisória de Daniel Alves para que seja possível a retirada dos passaportes do Brasil e da Espanha.