A torcida do São Paulo está cobrando o clube por um posicionamento sobre Rafael Garcia, que foi morto nos arredores do Morumbi logo após a final da Copa do Brasil. O são-paulino faleceu após ser atingido com uma “bean bag” na cabeça, munição da Polícia Militar. Ele tinha 32 anos e era uma pessoa com deficiência: fazia parte da ala “Surdos e Mudos Tricolores”, da organizada Independente.
Tricolores que se encontravam nas proximidades do estádio reclamaram da truculência policial, principalmente sobre os que não tinham ingressos e queriam estar no local. “Foi muito próximo dele. Porque o impacto foi muito forte. Acertou diretamente nele e à distância curta. Normalmente esse tipo de munição é disparado a uma distância maior justamente para não causar nenhuma lesão”, disse a delegada Ivalda Aleixo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa.
Embora o São Paulo não tenha se manifestado de maneira oficial, o presidente do clube, Julio Casares, bem como o dirigente máximo da Torcida Independente, ‘Baby’, lamentaram o caso. Nas redes sociais, são-paulinos também organizam protestos no Morumbi (para o clássico contra o Corinthians) e pedidos de justiça por Rafael, a fim de aumentar a visibilidade do ocorrido.
Diversos posts com a seguinte frase repercutiram na plataforma ‘X’: “Gritem e cobrem: Rafael Garcia, torcedor do São Paulo, foi morto pela Polícia Militar num jogo de título, festa e torcida única”. Alguns tricolores também pediram para que os presentes no Majestoso levassem cartazes, fotos e dizeres que trouxessem a campanha #JustiçaPorRafael”.
