Na manhã deste sábado, 29, o Brasil entra em campo mais uma vez para disputar jogo decisivo contra a França. Embaladas depois da goleada na estreia, as meninas brasileiras vão com tudo em busca de mais uma vitória. E, para isso, a craque Marta surge como principal ponto de referência dentro e fora das quatro linhas para o elenco.
Mas se engana quem pensa que Marta é recompensada por toda sua história no futebol mundial. Apesar dos títulos conquistados e das premiações recebidas, a Rainha do Futebol ainda não pode dizer que os valores envolvidos no futebol feminino compensam. A nível de comparação, o também craque Neymar recebe quantias incrivelmente maiores.
Não estamos aqui comparando estilo de jogo ou até mesmo a importância de cada um. Estamos apenas trazendo números que mostram a disparidade financeira envolvida no futebol masculino e feminino. Para se ter uma ideia, segundo a casa de leilões Sotheby’s, o valor de um relógio do atacante equivale a quase o salário anual de Marta.
Falando do salário pago pelos clubes de cada um, Neymar recebe algo em torno de R$ 306 milhões por ano – somando salário e bônus propostos pelo PSG. Mensalmente, o craque ganha cerca de R$ 25 milhões. Para completar o ativo do camisa dez, outros R$ 32 milhões são colocados no cofre com contratos de publicidade.
Partindo para os valores recebidos por Marta, o Orlando Pride deposita algo em torno de R$ 1,9 milhão anualmente para a craque. Na comparação direta, a quantia paga para a Rainha do Futebol não chega a 1% do que Neymar recebe por ano. Tudo isso precisa gerar um debate em torno do que é pago para quem atua e se destaca no futebol feminino.
Como dito anteriormente, Neymar não tem culpa nenhuma por receber o valor definido junto ao PSG. A questão principal é como conseguir fomentar o futebol feminino com quantias tão baixas pagas para a maior jogadora da história, por exemplo. Imagine o que atletas de menor destaque recebem anualmente ou mensalmente para se manter e buscar relevância no esporte.
