Apenas algumas horas antes do jogo, o Corinthians avalia não entrar em campo no confronto contra o Universitario, do Peru, pelos playoffs da Copa Sul-Americana. A decisão pode ser tomada por conta do temor por um apedrejamento no ônibus em que levará os jogadores ao estádio do espetáculo.
Apesar de avaliar não se apresentar à partida, o WO é visto como uma medida extrema e improvável internamente, segundo o “Globo Esporte”. A intenção do clube é achar uma solução para que a segurança de sua delegação seja garantida, acontecendo o jogo no dia e onde for decidido.
Isso aconteceu após o aviso da polícia local, de que seria melhor a equipe chegar ao estádio com um ônibus das autoridades do país, o que foi completamente rechaçado pelo clube. O medo é que a torcida apedreje o veículo, já que os ânimos estão exaltados após a prisão do preparador físico do time peruano Sebastian Vargas.
A torcida e o clube vem se mobilizando em apoio ao uruguaio que acabou preso na última semana, no jogo de ida, acusado de racismo. Ao final da partida ele foi levado para depor e está no Brasil até esta terça, 18, preso de forma preventiva. No jogo do último final de semana, os jogadores do Universitario entraram com uma faixa de apoio ao profissional.
Vale lembrar que o Timão já havia apresentado um ofício à Conmebol, apresentando suas preocupações com as condições extracampo na viagem ao Peru. Isso ocorreu ainda antes do embarque da equipe ao país, mas a preocupação ainda mais durante esta terça-feira, 18, principalmente após o aviso das autoridades.
Em entrevista ao portal “Meu Timão”, o vice-presidente do clube, Luiz Wagner Alcântara respondeu sobre a possibilidade de não haver jogo: “Isso tem que ser perguntado à Conmebol. Viemos para jogar futebol e nos classificarmos, a única coisa que pedimos é o básico: segurança. A Conmebol precisa nos dar segurança, apenas isso, e o jogo vai acontecer”, colocou.