Melhor amigo de Pelé, o ex-jogador Manoel Maria foi um dos primeiros a chegar ao funeral do Rei do Futebol, que acontece na Vila Belmiro. A cerimônia que começou às 10h (de Brasília) desta segunda-feira, 02, deve durar 24h. Em conversa com os jornalistas, o ex-companheiro do ídolo no Santos comentou a relação dos dois.
Os amigos, que sempre estiveram juntos para conversar e assistir jogos na TV, tiveram o último encontro no dia 13 de dezembro; Pelé estava internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele destacou que esperava rever o Rei.
“Ele era mais do que um amigo, era um irmão. Não estava muito legal, mas me reconheceu. Não fui para me despedir dele. Fui para visitá-lo. Esperava vê-lo outra vez”, disse Manoel Maria.
Ele ainda comentou sobre o jeito calmo do Atleta do Século XX: “Só Deus sabe, ele era maravilhoso. Eu agradeço a Deus porque sonhei em jogar futebol, joguei no maior time de futebol do mundo na época com o melhor jogador do mundo, sendo amigo dele. Foram 54 anos de convivência, então realmente eu perdi um irmão”, disse antes de completar sobre as comparações com os atletas da atualidade:
“O material é diferente. A bola é diferente. A camisa de jogo é diferente. Os gramados são maravilhosos. Naquela época era cheio de buraco. Você tinha que tentar primeiro dominar a bola para depois tentar um drible ou alguma jogada de efeito. E você vê como era difícil, hoje é tudo bonito”, completou.
Manoel Maria chegou ao Santos em 1968 e brilhou na Vila Belmiro ao lado de Pelé. Nascido em Belém (PA), ele chegou a enfrentar o melhor amigo quando jogou pelo Remo e o Rei já estava no Santos, em 1963.
Serginho Chulapa exalta Pelé
Serginho Chulapa também esteve presente no funeral e conversou com os jornalistas e destacou o companheiro de Peixe. “Infelizmente temos que passar por isso. O futebol brasileiro deve tudo ao Pelé”, disse.
“A camisa 10 tem que continuar”, acrescentou sobre uma possível aposentadoria do número no clube da Baixada Santista.