Recentemente, o ex-jogador francês Christophe Dungary fez um comentário que repercutiu de forma muito negativa. Na ocasião, ele estava argumentando sobre uma polêmica que envolvia seu compatriota Griezmann, que está disputando a Copa do Mundo 2022, e acabou envolvendo Lionel Messi, fazendo uma alusão que o argentino é “meio-autista”.
“De que ele [Griezmann] tem medo? De um garoto de 1,5 m de altura que é meio autista? O que precisa fazer é se impor de vez em quando. Faz um ano que se diz que ele tem problemas com Messi. O que tem que fazer é dar um soco na cara”, disse Dungary à RMC Sport.
A realidade é que muitas pessoas saem dizendo que o capitão da Argentina tem autismo, mas ele realmente foi diagnosticado assim? Desde 2013, quando o escritor brasileiro Roberto Amado publicou que Messi recebeu o diagnóstico de Síndrome de Asperger quando tinha oito anos. Nesse texto continham várias características em comum entre o jogador e o quadro padrão da condição clínica.
No entanto, a família e pessoas próximas sempre trataram o caso como uma farsa. Inclusive, o médico que tratou do argentino quando criança e adolescente, Diego Schwartzstein, classificou o assunto como “bobagem”. “Leo nunca foi diagnosticado como Asperger ou qualquer outra forma de autismo. Isso é realmente uma bobagem”, afirmou em entrevista ao ‘UOL’.
Por fim, o psiquiatra Estevão Vadasz, coordenador do Programa de Transtornos do Espectro Autista do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, explica que é improvável que Messi seja portador da Síndrome de Asperger, que é classificada como uma forma de autismo mais branda.
“Outro fator que vai contra a ideia de que Messi é portador de Asperger é a coordenação motora. Na maior parte dos casos, os portadores têm baixa motricidade e não se dão bem em atividades em equipe. O Messi, ao contrário, tem um domínio motor sofisticado, e joga muito bem em equipe”, afirma Vadasz.