A Copa do Mundo do Catar pode dar ao Brasil o hexacampeonato mundial. No entanto, antes que isso possa acontecer, existe uma preparação além da parte física que vimos nos treinamentos da seleção. A Amarelinha deixou um gostinho para os torcedores nas suas últimas apresentações pelas Eliminatórias, contra Chile e Bolívia, tendo um saldo de 8 gols marcados e 0 sofridos.
Apesar de o atual treinador, Tite, ainda dividir opiniões, até para os mais exigentes está difícil de reclamar do nível de performance e nas escalações, principalmente, no ataque recheado de estrelas. É o que explica o Psicanalista especialista na performance de futebol, Lincoln Nunes, que convive diariamente com a pressão e a sua consequência no futebol.
Canal – SportBuzz
Para o especialista, o que mais salta aos olhos no momento atual brasileiro é o cuidado com a parte mental e emocional dos jogadores. No período depois da eliminação dramática contra a Bélgica na Copa de 2018, o abalo emocional foi inevitável, por expectativas e de muitas trocas no plantel principal por conta de lesões.
“A eliminação de uma Copa pode ser encarada como um evento traumático na vida da comissão técnica e jogadores. Numa análise puramente freudiana, um trauma inconsciente fica armazenado e pode ressurgir em outras situações de pressão, como: uma Copa América, ou até mesmo na próxima Copa, ou num clássico, por exemplo”, disse.
Já nessas Eliminatórias, o Brasil fez a melhor campanha na história das qualificatórias da América do Sul. No total, foram 45 pontos somados em 17 jogos disputados. Desta vez, inclusive o elenco contou com caras novas e jovens promessas do futebol que agradaram e muito o torcedor canarinho e também o técnico Tite.
Dia de conhecer os estádios que receberão a #SeleçãoBrasileira na primeira fase da Copa do Mundo!
Assim termina essa passagem da comissão técnica pelo Catar. Já, já estaremos de volta! ⚽🇧🇷 pic.twitter.com/64HL1jwJzk
— CBF Futebol (@CBF_Futebol) April 3, 2022
“O futebol é um esporte coletivo no amplo sentido, a performance de excelência acontece por diversos fatores além do campo. Uma comissão que transmite essa sensação de confiança e felicidade a todos que compõem aquela equipe, têm muito mais chances de obter êxito nos objetivos. Isso fica ainda mais claro com a realização da prática da felicidade em congruência com as metas coletivas, como diz a teoria da felicidade do Professor de Harvard, Shawn Achor”, completou o especialista.