Atlético-MG x Cruzeiro chegou ao fim depois do apito final na tarde deste domingo, 6, mas a polêmica seguiu fora das quatro linhas. Igor Benevenuto, árbitro da partida, contou em entrevista ao programa “Seleção SporTv”, nesta segunda-feira, 7, que sua vida mudou depois de ter apitado o clássico mineiro, e que ele e sua família estão sofrendo com graves ameaças.
“Horas antes do clássico, eu recebi várias mensagens de ameaças. Falando que se eu marcasse pênalti contra determinada equipe, que eu ia ver com essas pessoas, que sabem onde eu moro. E após o jogo, meu Instagram e WhatsApp viraram uma tristeza. Só mensagens abusivas, falando que vão me pegar, que vão me matar”, disse antes de completar.
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“Ontem, por duas vezes, passou um carro na frente da minha casa falando que iriam me matar, que iam matar pessoas da minha família. Eu não fui para casa ainda, não sei que dia que eu volto. Minha vida virou um estresse por causa dessa penalidade, o único lance questionável na partida”, concluiu o árbitro.
Atlético-MG x Cruzeiro ganhou essa proporção lamentável por conta de um lance específico que aconteceu no jogo. Acontece que no segundo tempo, o árbitro marcou um pênalti favorecendo o Galo. Essa decisão, inclusive, foi corroborada pela Comissão de Arbitragem da Federação Mineira de Futebol, e muito criticada pelo lado da Raposa.
“Temos que evoluir muito como sociedade, como gestão de futebol, porque uma tragédia está muito próxima de acontecer no nosso futebol”, apontou Igor Benevenuto antes de revelar que vai tomar medidas mais sérias e cabíveis com as pessoas que o ameaçaram, e ameaçaram sua família de forma direta depois do clássico.
💪🏾 O elenco alvinegro se reapresentou nesta segunda-feira, dando início à preparação para o próximo desafio pelo Campeonato Mineiro.
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— Atlético 😷 (@Atletico) March 8, 2022
“Vamos entrar com uma ação contra essas pessoas. Eles têm que entender que as redes sociais não são terra de ninguém. Farei também uma ocorrência policial. É um fato muito grave. Estamos vendo os casos dos ônibus, pedradas, bombas, invasão de campo, fatalidade no México, então acho que já passou dos limites. Temos que ter uma punição grave”, finalizou.