Nesta quinta-feira, 16, segundo informações do site “Globo Esporte”, Daniel Alves e São Paulo chegaram a um acordo sobre a rescisão de contrato com o jogador, já que o vínculo teria fim somente em dezembro de 2022, mas foi adiantado pelas partes.
Livre no mercado, Daniel Alves agora pode se transferir para qualquer clube que desejar, incluindo clubes brasileiros, e atuar no Brasileirão. Isso porque ele entrou em campo na competição nacional apenas seis vezes nesta temporada, justamente o limite para atuar em outra equipe.
O motivo do término do vínculo entre as partes é uma dívida milionária contraída pelo São Paulo com o jogador. Estimada em R$ 18 milhões, ela foi a responsável por fazer com que Daniel Alves saísse do Tricolor 15 meses antes do previsto.
Dessa forma, a publicação destaca que a estimativa do clube é de uma economia de R$ 27 milhões com o que ainda seria pago se vínculo fosse até o fim, contando com bônus, metas e também o salário até o fim de 2022.
Assim, as partes fizeram a troca de documentos para a assinatura da rescisão. Tendo os principais pontos já apalavrados desde quarta-feira, 15, ficou sob responsabilidade do São Paulo e do estafe de Daniel Alves encerrarem as pendências burocráticas.
“O São Paulo Futebol Clube comunica que na data de hoje foi firmado um acordo para a rescisão do jogador Daniel Alves, que tinha vínculo com o clube até dezembro de 2022”, informou o clube nas redes sociais.
NOTA OFICIAL
O São Paulo Futebol Clube comunica que na data de hoje foi firmado um acordo para a rescisão do jogador Daniel Alves, que tinha vínculo com o clube até dezembro de 2022. pic.twitter.com/s7P18TtG5x
— São Paulo FC (@SaoPauloFC) September 17, 2021
Depois de passar um tempo junto com a Seleção Brasileira, na última sexta-feira, 10, quando voltou ao Tricolor, Daniel Alves informou que não se reapresentaria até que a questão da dívida fosse solucionada. Então, os dirigentes informaram que ele não fazia mais parte do elenco.
O lateral chegou ao clube paulista depois da Copa América de 2019, quando o contrato que tinha com o PSG chegou ao fim. Em sua apresentação, cerca de 45 mil torcedores foram ao Morumbi com a esperança de uma passagem memorável.
Na época, ele acertou um salário equivalente a R$ 1,5 milhão por mês, sendo que o pagamento era dividido entre parcelas mensais de cerca de R$ 500 mil, e outras relacionadas a direitos de imagem e econômicos que deveriam ser pagas semestralmente.
A ideia do São Paulo para a contratação era de que parceiros privados bancassem boa parte desses vencimentos, o que não acabou acontecendo, e os atrasos iniciaram ainda antes da pandemia de coronavírus, que deixou os cofres ainda mais bagunçados.
Foi depois de assumir a presidência em janeiro, que a diretoria comandada por Julio Casares admitiu uma dívida de pouco mais de R$ 10 milhões, que posteriormente alcançou os R$ 18 milhões no auge da crise, há uma semana.
Já totalmente saturado com a situação, depois de levar a medalha de ouro nas Olimpíadas, Daniel Alves declarou, ainda no aeroporto que o São Paulo falhou com ele, dando início a mais problemas com a torcida, que aí mesmo pediu a saída do jogador.
A reclamação foi motivada, de acordo com pessoas que trabalham com o jogador, e com a publicação, pelo fato de o São Paulo não ter honrado o compromisso de iniciar o pagamento da dívida em junho.