A Colômbia corre o sério risco de deixar de ser um dos dois países-sede da próxima edição da Copa América, prevista para começar no dia 13 de junho. A tendência é que o torneio seja inteiramente realizado no outro país sede, a Argentina. Isso se sucede porque a Colômbia atravessa um momento de grande tensão social por conta da repressão violenta da polícia aos protestos contra um projeto de reforma tributária.
Na Copa América, os 10 países da Conmebol são divididos em dois grupos de cinco. O Brasil ficaria no grupo B, junto com Colômbia (anfitriã da chave), Equador, Venezuela e Peru. No grupo A, estão Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai. A seleção estrearia no dia 14 de junho, contra a Venezuela.
A situação se mostrou mais complicada na semana passada, quando dois jogos da Copa Libertadores foram realizados na Colômbia e sofreram consequências das manifestações.
A partida entre o Nacional do Uruguai e o Atlético Nacional de Medellín, disputada na cidade de Pereira, foi atrasada porque manifestantes bloquearam o hotel do time uruguaio. No dia seguinte, jogadores de Atlético-MG e América de Cali sentiram os efeitos do gás lacrimogêneo, disparado pelos policiais, de dentro do campo.
Adriano, una leyenda indiscutida de la Verdeamarelha. Campeón de la CONMEBOL #CopaAmérica 2004 en donde fue goleador y máxima figura, recordado por su memorable gol en el último minuto de la final. 🇧🇷 🙌🏻#VibraElContinente pic.twitter.com/CxPAb4Zmmb
— Copa América (@CopaAmerica) May 12, 2021
Nesta terça-feira, 18, Alberto Fernández, presidente da Argentina, deu entrevista na qual colocou seu país à disposição da Conmebol para também sediar as partidas que originalmente aconteceriam na Colômbia.
“Temos que garantir os protocolos para que seja possível essa Copa América […] E vamos falar com toda a franqueza: é uma Copa América para a televisão […] Se houver algum problema, nós estamos dispostos a ver a possibilidade de organizarmos sozinhos”, disse o chefe de estado.
Oficialmente, a Conmebol mantém favorável a organizar o torneio nos dois países, tal qual foi confirmado em uma reunião de Conselho na semana passada. Porém, cada vez mais pessoas dentro da instituição máxima do futebol sul-americano admitem as dificuldades para manter os planos originais.