Pepe é um dos maiores jogadores da história do Santos. Ao lado de Pelé, conquistou os principais títulos do clube alvinegro e ainda fez parte de um dos times mais lembrados pelo mundo futebol. Atualmente com 85 anos, o craque acompanha o Peixe do lado de fora e contribui com sua experiência de campo para ajudar os atuais atletas santistas.
Em entrevista para o “Diário do Peixe”, o ídolo alvinegro apontou alguns caminhos que podem levar o Santos até a final da Copa Libertadores da América e eliminar o Boca Juniors. Segundo ele, os brasileiros não podem cair na pilha argentina e possuem mais condições de avançar na competição.
“Minha dica é que procurem jogar futebol. Eles vão ser provocados. Tem muitos jogadores experientes que vão fazer isso, ver se conseguem uma expulsão. Santos tem que começar e terminar com 11 jogadores para ganhar o jogo. O Santos tem muito mais chances de ganhar e vai conseguir”, disse.
Integrante do time que foi bicampeão da Libertadores, em 1963, justamente contra o Boca Juniors, na La Bambonera, Pepe relembrou aquele momento histórico em sua carreira de atleta. De acordo com o craque, a vitória por 2 a 1, na casa dos rivais, foi uma das maiores de sua passagem pelo futebol.
“Era muito difícil ganhar dos argentinos na casa deles. Tinham grandes times. Era quase impossível ganhar do Boca Juniors lá, mas para o time do Santos não tinha tarefa impossível. Ganhamos de 2 a 1, contra uma torcida incrível. Nunca vi uma pressão igual naquela partida, a gente quase não ouvia o apito do juiz. Conseguimos esse vitória história, que considero uma das maiores da minha carreira”, afirmou.
Ele ainda continuou: “Jogar objeto na gente era normal naquela época. Chinelo, sapato, fruta. Era uma torcida inflamada que procurava ajudar o time deles e assustar o adversário. O Santos não tinha medo disso. Não ter torcida acho vantajoso para o Santos. Pode explorar bastante, jogar de igual para igual e tem condições de conquistar uma grande vitória”.