Autor do gol do Fluminense no clássico diante do Flamengo, o lateral Gilberto concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira, 10, e falou sobre a emoção por ter deixado sua marca e citou uma triste situação que aconteceu durante a parada do futebol brasileiro.
O jogador aproveitou o título da Taça Rio para dedicar a conquista para uma vítima do novo coronavírus. Luiz Alberto, o “Seu Neném”, tio de Gilberto, faleceu por conta da doença.
“Perdi meu tio em meio a essa pandemia, cara muito querido pela família, todos ficaram tristes. Era um cara muito alegre, dedico também a ele esse título, esse gol. Acredito muito em Deus, acho que ele está em um lugar especial, olhando pela gente e muito feliz com todas essas marcas que atingi nesses últimos jogos”, contou Gilberto.
“Sentimento nesses jogos, particularmente falando, o que passava na cabeça era dúvida. Será que a gente está fazendo certo, será que é só o Rio está certo de voltar com os jogos agora? Se perguntam principalmente aquelas pessoas que perderam parentes, amigos… Esse é o maior sentimento que tive de diferente”, completou.
Voltando para dentro de campo, Gilberto foi questionado sobre a postura do Flamengo no clássico. O rubro-negro era considerado favorito para a final e chegou a provocar os rivais através de Diego e Rafinha.
Contudo, Gilberto afirmou ver com naturalidade a situação, mas defendeu a ideia de que não se pode menosprezar a vitória do próximo por conta do bom momento vivido.
“É realidade, não incomoda a gente. Futebol é feito de fases, o Fluminense já viveu essa fase de ser favorito em clássicos. Realmente essa fase que eles viveram no ano passado é boa, a gente reconhece. Isso aí não me incomoda. Fato que incomoda às vezes é que você pode elogiar um adversário sem menosprezar o outro. De maneira alguma pode se desprezar, ainda mais se tratando de clássico. O Fluminense é muito grande, tem uma história bonita no futebol. A motivação é a mesma, independentemente do favoritismo que o Flamengo tem nesses últimos anos”, concluiu.