Na última semana, o dirigente do São Paulo, Diego Lugano, concedeu entrevista ao site argentino Infobae e falou sobre o movimento da Democracia Corintiana, realizado no começo da década de 1980 pelos jogadores do clube.
No entanto, a fala do superintendente Tricolor não agradou em nada o comentarista Walter Casagrande Jr, que foi um dos líderes do movimento Alvinegro.
De acordo com o site Globo Esporte, Casagrande criticou a fala do ex-jogador por ele ter feito ressalvas acerca das ações praticadas durante a Democracia Corintiana.
Em sua entrevista, Lugano citou o ex-goleiro Emerson Leão, que fez parte do time do Corinthians na época, mas que já havia se posicionado publicamente contra o movimento.
Com essa declaração, Lugano queria apontar o que chamou de o “outro lado da moeda” e que Leão era impedido de treinar.
“É verdade, muito linda a democracia para decidir tudo, mas se de repente seis queriam treinar, e dez não, não te deixavam? É muito romântica a história, Sócrates (outro líder da Democracia Corintiana) é um fenômeno em um contexto social e político muito especial, mas, bem, temos que dar a dimensão necessária”, disse Lugano.
Casagrande, por sua vez, lamentou a fala do ex-jogador.
“É muito estranho ouvir uma pessoa falar sobre a Democracia Corinthiana sem ter propriedade alguma e sem conhecimento algum sobre o movimento. Esse é um dos problemas das pessoas oportunistas, antes de falar de alguém ou de alguma coisa, deveriam se informar melhor”, afirmou.
O ex-Corinthians ainda negou que Leão fosse impedido de treinar e elogiou o goleiro, que defendeu o Corinthians em 1983.
“Bom, no caso do Leão, com quem tenho ótimo relacionamento, posso dizer que ele não acha que o movimento era democrático e se manifestava e manifesta até hoje nesse sentido. E sempre aceitamos as opiniões dele. Para mim, o Leão é o melhor goleiro brasileiro que vi jogar e a minha admiração por ele vem muito de vê-lo treinar muito para jogar. O Leão chegava antes de todos e saía depois de todos, foi primordial ao bicampeonato”, disse antes de completar.
“Agora eu só quero esclarecer que as pessoas devem ouvir só quem tem conhecimento sobre os assuntos, e não uma pessoa completamente despreparada e sem propriedade alguma para falar sobre a Democracia Corinthiana”, finalizou Casagrande.