O zagueiro Wallace, ex-Flamengo, falou sobre o momento de indecisão que o futebol brasileiro está vivendo devido ao coronavírus.
O jogador, que atualmente defende o Göztepe-TUR, criticou em entrevista ao UOL, o tratamento dado pelos clubes aos jogadores.
“Jogador de futebol é mimado, mesmo, e me incluo nisso. A gente foi educado, eu jogo futebol desde os 11 anos, a ser preguiçoso. A terceirizar nossas necessidades e anseios. A gente tem quem leva água, a gente tem quem imprima passagem, gente que leve roupa que a gente compra.”
Para o ex-capitão, o clube que forma o jogador tem culpa:
“O clube formador tem muita culpa, claro. Bota o atleta como refém e ele acaba sofrendo com isso no pós-carreira. A carreira é curta, mas tem gente que para com 22 ou 23 anos e a formação dele no futebol fica para a vida.”
Wallace também afirmou que, no Brasil, há muito dificuldade de um jogador se posicionar.
“Ao mesmo tempo que a imprensa pede entrevista diferente, posicionamento, quando esse cara se posiciona, o posicionamento se vira contra quem falou. Quem se posiciona, hoje em dia, é cobrado depois por algo que ficou guardado esperando a hora de ser explorado. Tem uma espécie de ditadura para o jogador não se posicionar”, finalizou.
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