O Botafogo deu um passo largo no processo de transição para tornar-se um clube-empresa na última quinta-feira, 12. O Conselho Deliberativo do Fogão aprovou de forma unânime a migração para esse modelo de gestão e, para a alteração entrar em vigor, resta apenas referenda-la em Assembleia Geral marcada para o dia 27 de dezembro.
A princípio, o clube está seguindo o que o professor de administração da USP Paulo Feldmann, especialista em economia das organizações, indica: cortar gastos.
“A primeira coisa a se fazer é eliminar gastos desnecessários. Vender aqueles jogadores que não rendem mais e aumentam a folha salarial do clube”, aponta Feldmann, em entrevista exclusiva para o SportBuzz.
O objetivo inicial do Botafogo é reduzir ao máximo sua folha salarial. Diego Souza e Cícero, apesar de experientes, por exemplo, não estão mais nos planos da próxima temporada devido ao alto valor de seus salários.
Feldmann apontou a boa gestão do Flamengo como um exemplo a ser seguido por outros clubes do Brasil. O professor disse que o Rubro-Negro reconhece que seus gastos devem ser menores que suas arrecadações.
“Quando o clube inicia uma gestão empresarial, as coisas começam a dar certo. Um exemplo disso é o caso do Flamengo. O clube passou a ser administrado como uma empresa há uns cinco ou seis anos atrás. Entregou sua gestão a uma comissão de executivos, que fazem uma boa gestão e, quando você tem o uma boa gestão, você se preocupa com os gastos e sabe que eles devem ser menores do que a arrecadação”, afirmou o especialista.
Segundo Feldmann, um dos fatores decisivos para o mau desempenho administrativo dos clubes brasileiros é a intrínsica relação que os presidentes deportivos possuem com a política do país.
“No Brasil, temos um problema sério com os clubes que, além de não serem geridos no plano empresarial, eles possuem uma interferência política muito grande. Parte dos presidentes dos clubes quer ser, ou são políticos. Sendo assim, eles estão mais preocupados com a vida política do que com os clubes que presidem. Muitas vezes, por serem políticos, eles acabam colocando na gestão do clube pessoas que querem agradar, que não são bons gestores e isso a médio e longo prazo prejudica o clube”, disse o especialista.
O professor ressalta que as “trocas de favores” envolvem cargos decisivos para a tomada de decisão dos clubes e, por consequência, nem sempre o favorecido é preparado para gerir o cargo.
“Impor uma boa gestão, muitas vezes significa cortar gastos, cortar funcionários. Os dirigentes não vão querer fazer coisas que desagradam. A maioria dos presidentes não possuem preparo e acabam colocando pessoas também sem preparo e isso é prejudicial”, apontou.
Por fim, Feldmann apontou que não basta o clube tornar-se uma empresa e ressaltou que o equilíbrio das contas é a tarefa mais importante para o exercício de uma boa gestão.
“A questão não é só se transformar em uma empresa. Além de empresa, o clube precisa ser bem gerido e bem administrado. A meta principal é nunca gastar mais do que arrecada e os clubes brasileiros gastam mais do arrecadam”, apontou Feldmann.
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