Os donos bilionários por trás das escuderias da Fórmula 1 são empresários, fundos de investimento e grandes montadoras que usam o esporte como plataforma global de influência e negócios. Eles não apenas financiam as equipes, mas também determinam estratégias de longo prazo, contratações e posicionamentos políticos dentro da categoria, que movimenta bilhões de dólares por temporada.
Como a Ferrari se mantém como a equipe mais tradicional da Fórmula 1?
A Ferrari pertence à holding Exor, controlada pela família Agnelli, uma das mais ricas da Itália. O grupo também possui participações relevantes em empresas como Stellantis e Juventus, o que garante à escuderia estabilidade financeira e peso político dentro da Fórmula 1.
Esse controle permite à equipe manter investimentos constantes em tecnologia e infraestrutura, mesmo em temporadas sem títulos. Além disso, a Ferrari recebe bônus históricos pagos pela própria Fórmula 1, reforçando sua posição única entre as escuderias mais valiosas e influentes do grid.

Quem controla a Mercedes e por que a equipe virou potência?
A Mercedes-AMG Petronas tem uma estrutura acionária dividida entre a montadora Mercedes-Benz, o empresário Toto Wolff e a Ineos, conglomerado químico fundado por Jim Ratcliffe, bilionário do Reino Unido. Essa composição cria um equilíbrio entre visão esportiva, gestão corporativa e capital industrial.
O modelo de administração focado em eficiência e planejamento transformou a Mercedes em referência técnica da era híbrida. O alto investimento em motores, dados e simulações explica o domínio recente e evidencia como grandes fortunas impactam diretamente o desempenho em pista.
Quais bilionários estão por trás da Red Bull Racing?
A Red Bull Racing pertence ao grupo Red Bull GmbH, fundado por Dietrich Mateschitz, empresário austríaco que construiu um império no setor de bebidas energéticas. Após sua morte, o controle passou para herdeiros e parceiros estratégicos do grupo.
Diferente das montadoras tradicionais, a Red Bull enxerga a Fórmula 1 como ferramenta central de marketing e posicionamento global. Esse modelo explica o forte investimento em jovens talentos, inovação agressiva e decisões esportivas ousadas, fatores que impulsionaram o sucesso recente da equipe.
Quem são os proprietários das equipes médias e emergentes da Fórmula 1?
A McLaren pertence majoritariamente ao fundo soberano Bahrain Mumtalakat Holding, ligado ao governo do Bahrein, além de investidores privados. Já a Aston Martin é controlada por Lawrence Stroll, bilionário canadense que transformou a equipe em peça-chave de seu projeto empresarial no automobilismo.
Outras escuderias seguem caminhos semelhantes. A Alpine está ligada ao grupo Renault, enquanto a Williams foi adquirida pelo fundo americano Dorilton Capital. Esses exemplos mostram como fundos e grandes grupos financeiros passaram a dominar o grid, substituindo antigos modelos familiares.
Como fundos de investimento mudaram o perfil dos donos da Fórmula 1?
Nos últimos anos, fundos como CVC Capital Partners passaram a influenciar diretamente a Fórmula 1, inclusive na gestão comercial da categoria. Esse movimento profissionalizou a administração, ampliou receitas e elevou o valor das equipes no mercado global.
Por outro lado, essa financeirização aumentou os custos de entrada e reduziu a diversidade de perfis entre os proprietários. Hoje, praticamente todas as escuderias estão ligadas a bilionários, governos ou corporações multinacionais, reforçando o caráter altamente seletivo do esporte. O vídeo abaixo do perfil @clubedaf1, mostra um pouco mais sobre a história de cada equipe da F1 e como elas chegaram onde estão hoje.
O que podemos aprender com o poder financeiro na Fórmula 1?
A presença de bilionários por trás das escuderias da Fórmula 1 deixa claro que o sucesso esportivo vai muito além do talento dos pilotos. Estrutura, capital contínuo e visão estratégica são determinantes para vencer em longo prazo.
Ao mesmo tempo, esse domínio financeiro levanta discussões sobre equilíbrio competitivo e acesso à categoria. Entender quem manda nos bastidores ajuda o público a enxergar a Fórmula 1 não apenas como esporte, mas como um dos negócios mais sofisticados do entretenimento global.





