A participação de Gabriel Bortoleto no Circuito das Américas, que sediou o Grande Prêmio dos Estados Unidos de Fórmula 1, não saiu conforme o esperado para o piloto brasileiro durante as sessões de treinos e classificação. Em entrevista ao Motorsport, após a terceira sessão de qualificação, Bortoleto admitiu as dificuldades enfrentadas no desafiador circuito texano. Como se não bastasse, o piloto ainda foi penalizado com uma multa de 100 euros por exceder o limite de velocidade no pit lane.
Ao longo da temporada, Bortoleto vinha se mostrando muito confiante, especialmente desde sua estreia em Melbourne. No entanto, no Circuito das Américas, tal confiança parecia ter desaparecido por completo. O piloto alegou que, pela primeira vez no ano, sentiu uma real dificuldade em atingir o limite do carro, mencionando um receio constante de perder o controle durante as voltas rápidas.
Quais dificuldades Bortoleto enfrentou no Circuito das Américas?
Bortoleto destacou especificidades relacionadas à configuração do carro, que, segundo ele, opera dentro de uma janela de desempenho muito estreita. Durante as sessões de treinos, o brasileiro tentou diversas configurações, algumas delas semelhantes às de seu colega de equipe Nico Hulkenberg. Apesar disso, não encontrou o acerto que melhor se encaixava ao seu estilo de pilotagem.
O piloto comentou que estava relativamente confortável nos primeiros dois setores do circuito, porém, no terceiro setor, onde é necessário ter confiança total no equipamento, ele se sentiu desconectado do carro. A configuração do carro de Hulkenberg, que parecia funcionar bem para o alemão, não trouxe o mesmo resultado para Bortoleto, mostrando que cada piloto tem suas preferências e estilos únicos.
Como as configurações de carro afetam o desempenho de um piloto?
Um dos desafios enfrentados por muitos pilotos é encontrar a configuração ideal que harmonize o desempenho do carro com seu estilo de direção. Diferentes pilotos demandam diferentes ajustes para extraírem o máximo do carro. O caso de Bortoleto ilustra bem essa dinâmica, onde mesmo usando configurações similares às de seu companheiro, ele não conseguiu extrair o mesmo desempenho.
Durante o fim de semana, a equipe de Bortoleto trabalhou para testar diferentes ajustes, mas, infelizmente, as mudanças não resultaram no desempenho esperado. Isso ressalta como a capacidade de adaptação a diferentes configurações e a velocidade de ajuste são essenciais para o sucesso em pistas com características peculiares, como o Circuito das Américas.
Quais foram as reflexões de Bortoleto ao final do fim de semana?
Concluindo sua análise do fim de semana, Bortoleto refletiu sobre a necessidade de adaptação ao carro em vez de esperar que o carro se adapte a ele. A dificuldade particular no setor três, com problemas de understeer, foi um dos principais pontos de atenção. O piloto reconheceu que precisa aprimorar sua capacidade de adaptação para contornar situações onde o carro não corresponde ao seu estilo de dirigir.
As dificuldades enfrentadas no Circuito das Américas serviram como um lembrete da complexidade do esporte e da necessidade contínua de adaptação e aprendizado. Para Bortoleto, a solução passa pela disposição em ajustar seu método de pilotagem frente aos desafios apresentados por diferentes circuitos e condições de corrida. Seus esforços estão agora voltados para entender melhor como se adaptar rapidamente às peculiaridades de cada etapa do campeonato.
