Nelson Piquet, tricampeão mundial de Fórmula 1, é um dos nomes mais marcantes da história do automobilismo. Ele conquistou seus títulos em 1981, 1983 e 1987, o que consolidou sua posição entre os grandes da categoria. Sua carreira foi marcada por decisões ousadas, como a troca da Williams pela Lotus, o que causou surpresa em muitos seguidores do esporte.
A escolha de trocar de equipe tinha suas razões. Na Williams, Piquet enfrentava conflitos nos bastidores, enquanto a Lotus, que havia acabado de perder Ayrton Senna para a McLaren, estava à procura de um piloto de destaque para preencher sua vaga. Essa mudança trouxe benefícios financeiros significativos para Piquet, que garantiu um alto salário em sua nova equipe.

Qual foi o impacto da mudança de equipe de Piquet?
Ao trocar a Williams pela Lotus, Piquet assinou um contrato vantajoso, que o fez superar consideravelmente o salário de Ayrton Senna em suas temporadas na Lotus. Em seu primeiro ano, o salário de Piquet alcançou a marca de US$ 5 milhões, um valor muito acima do que Senna recebia no mesmo período. Este contrato destacou Piquet como o principal piloto da equipe, um aspecto que compartilhou como parte do contrato com Senna em sua época na Lotus.
Além do salário, outros incentivos financeiros estavam presentes, como um valor por pontos conquistados e um bônus caso alcançasse o título mundial. A política da equipe também garantia que ele fosse o piloto número um, com cláusulas que favoreciam sua liderança interna. O então piloto secundário da Lotus, Satoru Nakajima, tinha um acordo que o impedia de ultrapassar Piquet em circunstâncias normais.
Piquet vs. Senna: uma rivalidade curiosa
Embora Ayrton Senna e Nelson Piquet tenham seguido caminhos diferentes em suas carreiras, suas trajetórias inevitavelmente se cruzaram. Em 1988, ano em que Senna venceu o campeonato pela McLaren, ele e Piquet tornaram-se constantes pontos de comparação. Enquanto Senna subia ao topo da categoria ao lado de Alain Prost, Piquet estava mais focado em beneficiar-se financeiramente e garantir seu status na Lotus.
Essa comparação vai além dos números financeiros e se estende para suas conquistas e estilos de pilotagem. Piquet, conhecido por seu comportamento estratégico dentro e fora das pistas, optou por um caminho que lhe proporcionou estabilidade financeira na época. Enquanto isso, Senna era associado à uma pilotagem audaciosa e focada na vitória.
O futuro das escolhas de Nelson Piquet
No final de sua carreira na Lotus, Piquet continuou a mostrar seu valor como piloto de alta categoria. Mesmo com os desafios de adaptação a novas equipes, ele demonstrou que decisões financeiras podem ser tão estratégicas quanto aquelas tomadas na pista. Sua passagem por diferentes equipes tornou-se um exemplo de como um piloto pode equilibrar sucesso profissional com ganhos lucrativos.
As escolhas de Nelson Piquet ainda são tema de discussão entre entusiastas do automobilismo, destacando seu papel como piloto perspicaz e homem de negócios. Sua habilidade de navegar entre diferentes equipes, contratos e dinâmicas de grupo serve como uma lição sobre como o esporte é igualmente composto por elementos técnico, financeiro e estratégico. A história de Piquet continua a ser uma parte crucial do legado da Fórmula 1, inspirando a próxima geração de pilotos e gestores esportivos.