A Associação de Pilotos de Grande Prêmio (GPDA) da F1 chamou atenção nesta semana ao se posicionar contra Mohammed ben Sulayem, presidente da entidade. Os representantes das escuderias nas pistas manifestaram descontentamento com as novas regras, principalmente as que se referem ao uso de joias e proferimento de palavrões, tanto em coletivas de imprensa quanto no rádio com as equipes.
Tais normas já geraram consequências infelizes. O tricampeão Max Verstappen, por exemplo, foi punido com o cumprimento de serviços comunitários pelas palavras que usou para descrever o seu carro em uma coletiva pré-GP. Na entrevista seguinte, aberta para a imprensa, praticamente não falou. Posteriormente, o holandês justificou o comportamento.
“Não posso dizer a palavra, porque provavelmente receberei outra [punição]… Quero dizer, aparentemente, isso só vale para mim, porque, sabe, depois da corrida no México, alguém estava xingando. Não ouvi nada sobre isso. Então, é melhor eu não falar palavrão de novo”, afirmou Max.
O posicionamento dos pilotos da F1
Em nota, a GPDA pontuou que “há uma diferença entre os palavrões com intenção de insultar os outros e os palavrões mais casuais, como os que podem ser usados para descrever o mau tempo ou mesmo um objeto inanimado, como um carro de Fórmula 1, ou uma situação de pilotagem”. A associação ainda mandou um recado direto ao mandatário:
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“Pedimos ao presidente da FIA que também considere seu próprio tom e linguagem ao falar com nossos pilotos membros, ou mesmo sobre eles, seja em um fórum público ou não. Além disso, nossos membros são adultos e não precisam receber instruções pela mídia sobre assuntos tão triviais como o uso de joias e cuecas”.
O fim do comunicado, no entanto, trouxe intenções diplomáticas: “A GPDA deseja colaborar de forma construtiva com todas as partes interessadas, incluindo o presidente da FIA, para promover nosso grande esporte em benefício de todos que trabalham nele, pagam por ele, assistem a ele e, na verdade, o amam. Estamos fazendo a nossa parte”.
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