A equipe Red Bull decidiu continuar com uma evolução do RB20 para a temporada 2025, mesmo após enfrentar uma temporada desafiadora em 2024 na Fórmula 1. A decisão ocorre em meio a uma intensa concorrência com a McLaren e as restrições financeiras impostas pelo teto orçamentário, além do esforço paralelo no desenvolvimento do carro de 2026, que contará com um motor próprio da Red Bull – Ford Powertrains.
Desafios financeiros e novas prioridades com o RB20
Por conta do teto orçamentário que limita as despesas das equipes na Fórmula 1, a Red Bull optou por não realizar mudanças drásticas em seu carro para 2025. O chefe da equipe, Christian Horner, destacou que muitos componentes do RB20 foram reaproveitados do ano anterior, seguindo a lógica imposta pelas regras financeiras. “Não faz sentido modificar se não houver um ganho significativo de desempenho,” afirmou Horner em uma entrevista recente.
Além disso, a Red Bull está destinando recursos significativos para finalizar seu primeiro motor, planejado para ser utilizado em 2026. Este desenvolvimento ocorre conjuntamente com a Ford, com quem a equipe estabeleceu uma parceria estratégica. Mais de 600 profissionais foram recrutados, e uma nova fábrica foi erguida para dar suporte a esta empreitada ambiciosa.
O papel do túnel de vento no RB20
Um dos desafios enfrentados pela Red Bull ao longo de 2024 foi a falta de correlação entre o túnel de vento e os dados em pista. Desde sua entrada na Fórmula 1 em 2005, a equipe utiliza instalações em Bedford, que apesar de atualizadas, não são mais as mais avançadas tecnologicamente. Para resolver essa questão, a construção de um túnel de vento de última geração em Milton Keynes está em andamento.
Christian Horner declarou que as limitações do túnel atual têm impactado o desenvolvimento aerodinâmico do carro. No entanto, o desenvolvimento de um novo túnel só avançou após a FIA decidir não banir essa tecnologia. “Ficou claro que precisaríamos de uma nova instalação para competir com a eficiência exigida pelas regras do teto orçamentário,” completou Horner.
O caminho para 2026 e as implicações futuras
Com tantos recursos voltados para o novo motor, Horner admitiu que a próxima fase de desenvolvimento da Red Bull trará grandes desafios, especialmente em equilibrar o curto prazo com planejamento a longo prazo. A integração entre o corpo técnico do chassi e o motor, já em andamento, é vista como um dos principais benefícios da nova estrutura organizacional da equipe.
Nesse cenário, a Red Bull continua confiante de que a parceria com a Ford trará sinergias cruciais para manterem-se competitivos tanto no desenvolvimento do motor quanto na performance geral do carro. Apesar dos desafios financeiros e técnicos, a equipe parece comprometida em maximizar a eficiência de suas operações, visando não só a próxima temporada, mas, principalmente, o futuro de longo prazo na Fórmula 1.