Em um ano em que a luta na frente do grid da Fórmula 1 se intensificou como nunca, a vantagem da McLaren em Singapura impressionou a todos. Apenas sete dias após o Grande Prêmio de Baku, onde Oscar Piastri teve que lutar arduamente contra Charles Leclerc, o cenário no circuito de Marina Bay foi completamente diferente.
Nesse contexto, Lando Norris estava em outro patamar durante os treinos classificatórios, mantendo uma liderança confortável desde a largada e aumentando seu ritmo a ponto de abrir quase 25 segundos de vantagem sobre Max Verstappen antes dos pitstops. Isso foi notável, considerando que a McLaren trouxe poucas atualizações para essa corrida.
Qual foi o segredo do desempenho da McLaren em Singapura?
O chefe da McLaren, Andrea Stella, destacou que o ponto forte do MCL38 foi o desempenho com altos níveis de downforce exigidos pelo circuito de Marina Bay. Singapura mostrou que a McLaren se destaca em circuitos que requerem downforce máximo, ao contrário de Baku, por exemplo, que exige baixos níveis de arrasto aerodinâmico.
Como o downforce influencia o desempenho dos carros?
A Fórmula 1 é um jogo de equilíbrio entre downforce e arrasto. Por um lado, a Mercedes se sai melhor em pistas de alta velocidade e temperaturas mais frias, enquanto a Ferrari tem boa velocidade máxima em curvas curtas e lentas. Além disso, a Red Bull é a rainha da eficiência aerodinâmica de baixo arrasto e alta velocidade. Entretanto, a McLaren provou ser superior em pistas que exigem downforce máximo.
Stella mencionou que a McLaren se mostrou forte em corridas em que o downforce é crucial. Ele citou a Hungria e Zandvoort como exemplos, onde a equipe britânica teve desempenhos dominantes, semelhante ao que ocorreu em Singapura. A eficiência aerodinâmica do carro em condições de alto downforce o coloca à frente da concorrência.
- Hungria – domínio relativo
- Zandvoort – desempenho avassalador
- Singapura – vantagem clara
A McLaren e a mentalidade vencedora
Além das vantagens técnicas, a McLaren parece estar se ajustando psicologicamente à ideia de vencer novamente. Quando corre na frente, a equipe tem se mostrado mais estratégica e eficiente, ajustando suas táticas para maximizar oportunidades e minimizar riscos.
De acordo com Stella, a familiaridade com a liderança permite que a equipe ajuste a programação de fim de semana, aumentando conversas estratégicas e melhorando a execução durante as corridas. Planejamentos defensivos, como esperar o movimento do carro em 2º lugar antes de responder, são agora uma realidade para a McLaren.
O futuro promissor da equipe
Os recentes desempenhos de Lando Norris e a eficiência do MCL38 em condições de alto downforce sugerem um futuro promissor para a McLaren na Fórmula 1. À medida que a equipe se adapta às novas dinâmicas, tanto técnicas quanto psicológicas, espera-se que continue a disputar vitórias e até campeonatos.