Na próxima temporada da Fórmula 1, um cenário bastante singular está se desenhando. Ao contrário do que vimos no início do ano, com os mesmos 20 pilotos correndo no Bahrein, a nova temporada promete a presença de vários novatos no grid. Isso marca uma reviravolta significativa em relação à estabilidade que a categoria apresentava há poucos meses.
Um exemplo notável foi a estreia de Oliver Bearman em Jeddah, substituindo temporariamente Carlos Sainz. Bearman se juntará oficialmente à Haas em 2025. Outro destaque é Franco Colapinto, que desde Monza está ocupando o lugar de Logan Sargeant, demitido da Williams. Além deles, Jack Doohan e Andrea Kimi Antonelli também farão suas estreias na Fórmula 1 no próximo ano.
Pilotos estreantes na Fórmula 1 e seus caminhos até a competição
Todos eles seguiram uma trajetória de treinamento específica antes de chegarem ao patamar mais alto do automobilismo. Oliver Bearman vem da Ferrari Driver Academy, enquanto Franco Colapinto faz parte da Williams Academy. Jack Doohan está progredindo a partir da Alpine Academy e Andrea Kimi Antonelli é um júnior da Mercedes.
Embora possa parecer uma novidade, essa tendência já vem acontecendo há alguns anos. As equipes de Fórmula 1 têm optado por pilotos juniores sempre que surgem vagas, e o grid atual é majoritariamente composto por esses talentos em ascensão.
Quais pilotos fizeram sucesso através de programas de treinamento?
Um dos exemplos mais notórios é Max Verstappen. O piloto holandês foi contratado pela Red Bull em 2014 e rapidamente alocado no programa de treinamento da equipe. Menos de dois anos depois, já estava competindo pela Toro Rosso, antes de ser promovido para a equipe principal.
- Max Verstappen: Red Bull Junior Team
- Carlos Sainz: Também passou pelo programa da Red Bull
- Charles Leclerc: Ferrari Driver Academy
- George Russell: Mercedes Junior Team
Existem outras formas de chegar a Fórmula 1?
Totalmente fora do circuito habitual de treinamento, as chances de um talento emergente não ser contratado por alguma equipe são mínimas. Até mesmo nas categorias menores como F2 e F3, os pilotos geralmente têm ligações com equipes de Fórmula 1.
Embora existam exceções, como a de Nikita Mazepin, que entrou sem um apoio formal mas com forte patrocínio financeiro, o caminho mais comum envolve uma mistura de talento e suporte das academias de pilotos.
Quase todos os pilotos que chegam a disputar uma vaga na Fórmula 1 são apadrinhados por programas de treinamento das equipes. Mesmo pilotos que não começaram nessas academias acabam, em algum momento, associados a elas para melhorar suas chances de sucesso.
O caso mais recente de alguém que conseguiu essa façanha sem um vínculo direto foi Nikita Mazepin. Seu sucesso se deu, em grande parte, graças ao suporte financeiro substancial de seu pai.
A conclusão que podemos tirar é que os programas de treinamento são essenciais na formação dos novos talentos da Fórmula 1. Equiparados ao próprio campo de batalhas, eles selecionam e moldam os futuros campeões da maior categoria de automobilismo do mundo.