Thiaguinho tem algo raro: ele entende o peso de um palco. E, mais do que isso, sente esse peso junto com quem está do outro lado. No último sábado, 13 de dezembro de 2025, o Parque Olímpico, no RJ, voltou a pulsar como nos seus dias mais intensos. O espaço que já foi sinônimo de suor, lágrimas e glória recebeu 80 mil pessoas para viver a Tardezinha. Não foi só um show. Foi um encontro de histórias, memórias e pertencimento.
Essa relação com arenas históricas do esporte não acontece por acaso. Maracanã, Neo Química Arena, Fonte Nova, agora o Parque Olímpico… e ainda vem Interlagos. Lugares feitos para finais decisivas, voltas olímpicas e momentos que atravessam gerações. Thiaguinho não invade esses espaços, ele os abraça. Ele canta como quem respeita cada lembrança que já passou por ali, e transforma concreto e arquibancada em afeto coletivo.
Em um dos momentos mais marcantes da noite, Thiaguinho disse que talvez não aparecesse nas manchetes dos jornais, mas que estava no coração do povo como a maior manifestação cultural do país. E ali estava a verdade nua, sem efeito. Quantos atletas também não vivem isso? Quantos constroem carreiras gigantes, vencem batalhas diárias, se reinventam mil vezes, sem capa, sem holofote, mas com o reconhecimento mais puro que existe: o da arquibancada cheia, do grito espontâneo, do amor que não se compra.
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Thiaguinho e o coração do povo
Em 2016, o Parque Olímpico foi palco de sonhos realizados. Viu brasileiros e estrangeiros chorarem, sorrirem, se superarem nas Olimpíadas. No último sábado, viveu outro tipo de glória. Não houve medalhas penduradas no peito, mas houve algo tão valioso quanto: 80 mil vozes cantando juntas, em sintonia, como um único corpo. Thiaguinho se eternizou ali não pelo que disseram sobre ele, mas pelo que foi sentido.
Dessa forma, ele não precisa dos jornais. Precisa do povo. Assim como muitos atletas que fazem história sem alarde, mas deixam marcas profundas. Se Thiaguinho fosse um atleta olímpico, seria ouro. Subiria ao pódio com o sorriso de quem sabe de onde veio e cantaria o hino nacional do seu jeito: em forma de pagode, abraço e emoção, para um Brasil inteiro que se reconhece na sua voz. Viva, Thiago André Barbosa!





