O tricampeão mundial de surfe Gabriel Medina precisou interromper sua temporada após sofrer o rompimento do tendão do músculo peitoral maior, em janeiro de 2025. A lesão exigiu cirurgia e um longo processo de reabilitação, levantando dúvidas sobre o que exatamente acontece quando esse tipo de lesão ocorre e como é feita a recuperação.
O que é o tendão do músculo peitoral e qual sua função
O músculo peitoral maior é um dos principais músculos do tórax, responsável por movimentar o braço em direção ao corpo e auxiliar em gestos de força, como empurrar ou remar — movimentos muito comuns no surfe. O tendão é a estrutura fibrosa que conecta esse músculo ao osso do braço, permitindo a transmissão de força durante os movimentos.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC), o rompimento desse tendão geralmente ocorre durante movimentos bruscos ou quando o músculo é submetido a uma carga excessiva, como acontece em esportes de alto rendimento. Esse tipo de lesão causa dor intensa, perda de força no braço e, muitas vezes, uma deformidade visível no tórax.
Como acontece esse tipo de lesão em atletas
Entre atletas, o rompimento do tendão peitoral é relativamente raro, mas pode surgir em esportes que exigem força explosiva e movimentos amplos dos braços, como musculação, surfe e artes marciais. No caso de Medina, o esforço intenso durante os treinos e manobras foi o provável gatilho para o rompimento.
Os sintomas costumam surgir imediatamente, com dor forte, inchaço e dificuldade para mover o braço. Em alguns casos, o músculo parece “descer” por causa da ruptura da fixação no osso.

Como é feito o tratamento e a recuperação
O tratamento depende da gravidade da lesão. Nos casos completos, como o de Gabriel Medina, é necessária uma cirurgia para reanexar o tendão ao osso. Depois disso, o atleta passa por meses de fisioterapia intensiva, com foco em recuperar a mobilidade e a força do ombro e do braço.
Esse processo é fundamental para que o paciente volte a ter estabilidade e confiança nos movimentos. A recuperação total pode levar de quatro a seis meses, dependendo da resposta individual e da disciplina no tratamento.
O que a lesão ensina sobre prevenção e cuidado muscular
Esse tipo de lesão reforça a importância de manter o equilíbrio entre força e flexibilidade. Treinos de fortalecimento devem ser acompanhados de aquecimento adequado e atenção aos limites do corpo — principalmente em esportes de alto impacto.
Para atletas e praticantes de atividades físicas, algumas medidas ajudam a evitar sobrecargas e lesões musculares:
- Respeitar o tempo de descanso entre os treinos
- Manter uma rotina de alongamentos e mobilidade articular
- Evitar cargas excessivas sem acompanhamento profissional
- Fortalecer músculos estabilizadores dos ombros e do tronco
Com o tratamento adequado e o suporte da equipe médica, Gabriel Medina segue em reabilitação e deve retornar às competições com o mesmo foco e determinação que o consagraram como um dos maiores surfistas do mundo.





