A Liberty Media é uma empresa norte-americana fundada por John Malone, um dos empresários mais influentes do setor de mídia e entretenimento. O grupo é dono de marcas como SiriusXM, Atlanta Braves e Live Nation. Em 2017, decidiu apostar na Fórmula 1, comprando o controle total da categoria por cerca de US$ 8 bilhões.
O negócio marcou o início de uma nova fase, com foco em mídia digital, expansão internacional e maior aproximação com os fãs. A empresa criou o “Formula One Group”, unidade responsável por gerenciar os direitos comerciais e todas as operações ligadas ao campeonato.
Quais são os bastidores dessa transformação?
Ao assumir o comando da Fórmula 1, a Liberty Media percebeu que o esporte precisava se reinventar para o século 21. Investiu pesado em marketing, redes sociais e transmissões digitais. A criação da série documental “Drive to Survive”, em parceria com a Netflix, foi o ponto de virada. O programa apresentou os bastidores das equipes e os dramas dos pilotos a um público que antes via a categoria como distante.
O sucesso foi imediato. Milhões de novos fãs começaram a acompanhar as corridas, especialmente nos Estados Unidos, onde a F1 ganhou popularidade inédita. Além disso, novas etapas foram adicionadas ao calendário, como as de Miami e Las Vegas, que transformaram as corridas em grandes eventos de entretenimento.

Quem mais se beneficia com a nova era da Fórmula 1?
As equipes, patrocinadores e o próprio público são os principais beneficiados. As escuderias passaram a contar com novas fontes de receita, impulsionadas por contratos de mídia mais lucrativos e acordos de patrocínio mais atrativos.
Os fãs, por sua vez, vivem uma experiência mais completa: transmissões em alta definição, acesso a conteúdos exclusivos e presença nas redes sociais oficiais da F1. A Liberty Media também apostou em eventos com experiências imersivas e festivais que aproximam o público dos pilotos, algo impensável em décadas anteriores.
Como a Liberty Media influencia o futuro do esporte-entretenimento?
A empresa transformou a Fórmula 1 em um produto global de mídia, mesclando velocidade, tecnologia e cultura pop. O modelo de negócio passou a se basear em direitos de transmissão, plataformas digitais, experiências presenciais e marketing global.
Essa estratégia elevou o valor comercial da categoria e a tornou uma das propriedades esportivas mais valiosas do mundo. A base de fãs ficou mais jovem, engajada e conectada — exatamente o que o esporte precisava para continuar crescendo em relevância e receita.
Quais são os mitos e equívocos sobre a gestão da Liberty Media?
Muitos acreditam que a Liberty Media apenas comprou a Fórmula 1 por interesse financeiro, mas a verdade é que o grupo enxergou um potencial de longo prazo. A empresa investiu em inovação, sustentabilidade e modernização da estrutura esportiva.
Outro equívoco comum é o de que a essência do automobilismo teria se perdido com o foco em entretenimento. No entanto, o equilíbrio entre espetáculo e competição foi justamente o que manteve a Fórmula 1 viva e interessante para diferentes gerações de fãs.
Qual é o impacto da Liberty Media para as novas gerações?
A Fórmula 1 se tornou parte da cultura pop. Hoje, o esporte não é apenas sobre carros e corridas, mas também sobre histórias humanas, rivalidades e personalidades. Pilotos como Lewis Hamilton e Max Verstappen se tornaram ícones globais, e o público jovem encontra na categoria um universo de tecnologia, glamour e emoção.
Essa transformação também abriu portas para novas oportunidades de mercado. Marcas de moda, tecnologia e música passaram a se associar à F1, ampliando o alcance e a influência da categoria em diferentes segmentos culturais.
O que podemos aprender com a revolução da Fórmula 1?
O sucesso da Liberty Media mostra como a união entre esporte e entretenimento pode revitalizar um produto tradicional. A empresa apostou na experiência do público, na força das redes sociais e no poder das histórias reais por trás das corridas.
A nova Fórmula 1 é mais inclusiva, digital e envolvente. A categoria segue crescendo em audiência e faturamento, e o modelo criado pela Liberty Media já serve de referência para outros esportes que buscam se reinventar. No fim, a principal lição é clara: quando o esporte se conecta com as pessoas, ele ultrapassa as pistas e se torna parte da cultura global.





