No universo automotivo, o termo “restomod” – restaurado, em tradução livre – vem ganhando destaque à medida que amantes de carros buscam unir o melhor de dois mundos: a estética clássica dos veículos antigos e a eficiência das tecnologias modernas. Esses projetos reinventam modelos icônicos de uma forma que respeita a essência do design original, mas integra avanços significativos em termos de performance e segurança.
Assim, o conceito de “restomod” não é meramente uma renovação; é uma verdadeira recriação da experiência de direção. Um dos exemplos mais recentes vem do Porsche 911, carro esportivo icônico conhecido por seu design distinto, desempenho excepcional e tecnologia avançada. Com muitos olhares, o veículo surgiu como um grande ‘case’ de restauração completa e com aspectos únicos.
Dessa forma, o nome de um brasileiro se destacou com o TMC Avalanche. Tarso Marques, piloto brasileiro com passagem pela Fórmula 1, utilizou sua experiência em corridas para realizar transformações em modelos clássicos como o Porsche 911. O Avalanche, por exemplo, é uma peça única que envolveu mais de 10.000 horas de trabalho para alcançar seu nível de detalhe e especificidade.
Outros cases de “restomod” no Porsche 911
Também com um trabalho minucioso, as empresas Singer Vehicle Design e Gunther Werks levaram o carro para outro patamar. Ambas modernizam o clássico Porsche 911 com uma abordagem única, elevando o desempenho e o design, mas com diferenças notáveis que atraem diferentes tipos de entusiastas.
Ver essa foto no Instagram
A Singer concentra-se em dar nova vida à geração 964 do Porsche 911, fabricada entre 1989 e 1994. Com sua sede na Califórnia, a empresa ganhou fama ao reinterpretar essa geração do carro, mantendo sua essência clássica. O exterior do veículo frequentemente preserva a aparência original, com para-choques e spoilers semelhantes aos do modelo original, mas recebe atualizações tecnológicas no desempenho e no interior.
Já no caso do TMC Avalanche, todos os painéis externos originais de um Porsche 911 foram substituídos por fibra de carbono, um material que não apenas reforça o peso leve do veículo, mas também acentua sua durabilidade. O carro restaurado por Tarso Marques é equipado com um motor de 4,0 litros, naturalmente aspirado e refrigerado a ar, que entrega 500 cv.
Mais detalhes
Por outro lado, a Gunther Werks opta por transformar modelos da geração 993 do Porsche 911, os últimos com motores refrigerados a ar, produzidos entre 1995 e 1998. Esta empresa se destaca por unir a estética retrô dos anos 90 com toques modernos e tecnologia de ponta. As suas restaurações frequentemente incluem luzes de LED e o uso abundante de fibra de carbono exposta, oferecendo um equilíbrio entre o passado e o presente.

A TMC também mudou completamente a cabine do 911. Ela agora é revestida em couro laranja brilhante e inclui uma série de peças de fibra de carbono, incluindo o painel, o volante e os encostos. Também podemos ver que ele foi equipado com uma nova alavanca de câmbio sequencial, alojada dentro de um túnel de fibra de carbono feito sob medida. Tarso Marques e sua equipe fabricam todos os detalhes do carro de forma exclusiva para cada veículo, incluindo os botões de vidro elétrico e do painel.
O carro produzido pelo piloto brasileiro foi destaque no conceituado leilão do Monterey Car Week. “Só tenho a agradecer por tudo que vivemos nestes dias, pela oportunidade em trazer nossos carros para participar deste evento maravilhoso e serem reconhecidos mundialmente na elite dos automóveis raros, clássicos e exclusivos“, comemorou Tarso Marques nas redes sociais.
Devido ao esforço artesanal, exclusividade e tecnologia empregada, os modelos de ambas as empresas custam caro. No mercado de carros de segunda mão, os Porsches frequentemente são encontrados por valores superiores a um milhão de dólares. Estes carros não são apenas veículos, mas verdadeiras relíquias para colecionadores, destacando-se não apenas pelo desempenho, mas também pela atenção aos detalhes.