Vini Jr. abriu o jogo após a partida amistosa Brasil x Guiné do último sábado, 17. Embora tenha anotado um dos gols do placar de 4 a 1 e o confronto tenha sido utilizado como plataforma para a luta antirracista, o dia não foi uma data a ser celebrada pelo assessor do craque, Felipe Silveira. O também amigo do camisa 10 foi vítima de racismo na entrada do estádio em Barcelona durante a abordagem feita por um funcionário.
“Enquanto eu jogava com a já histórica camisa preta e me emocionava, meu amigo foi humilhado e ironizado na entrada do estádio. O tratamento foi triste, em todos os momentos duvidaram da cena surreal que aconteceu. Os bastidores são nojentos”, cravou Vini Jr. após a partida disputada no Cornellà-El Prat.
Além disso, o camisa 10 cobrou ações contundentes das autoridades locais e perguntou sobre os registros em vídeo na arena: “Mas pra deixar tudo público, pergunto aos responsáveis: onde estão as imagens das câmeras de segurança?”. Apesar do ocorrido, Vini Jr. ressaltou a importância do último confronto e de seguir lutando contra o racismo ao utilizar sua ‘voz’ como ferramenta.
“Vivendo um momento muito importante e histórico, não só para a seleção, mas para mim também, que quero combater o racismo. Espero que possamos estar muito perto do fim disso”, destacou. “Sei que é difícil, mas vamos seguir na luta, todos juntos. A CBF, jogadores, e todos os clubes do Brasil também, para seguirmos firmes nesta luta e cada vez mais diminuir”.
Na manhã deste domingo, 18, Felipe Silveira prontamente prestou queixa à polícia de Barcelona, na delegacia do município de Cornellà. O assessor estava acompanhado de um dos empresários de Vini Jr. e também de um membro representante da CBF. Ainda no estádio, os policiais haviam informado que o vídeo era “inconclusivo”. Contudo, a equipe do portal “GE” e testemunhas do local confirmaram a versão dada pelo amigo do camisa 10.
