Os atletas que começaram negócios próprios com sua imagem online surgem em um contexto de transformação digital no esporte. Redes sociais, plataformas de vídeo e e-commerce permitiram que jogadores falassem diretamente com o público. Essa autonomia reduziu a dependência de clubes e patrocinadores tradicionais.
Por que a imagem digital virou um ativo estratégico para atletas?
A presença online permite controle total da narrativa e do posicionamento público do atleta. Ao criar conteúdo próprio, ele constrói autoridade além do desempenho esportivo. Isso gera valor contínuo, mesmo em períodos de lesão ou queda de rendimento.
Além disso, marcas preferem perfis com audiência engajada e identidade clara. Atletas com milhões de seguidores conseguem negociar contratos mais vantajosos. A imagem digital deixa de ser apenas exposição e passa a ser estrutura de negócio.

Quais atletas são exemplos reais desse modelo de negócio?
No Brasil, Neymar foi um dos pioneiros ao transformar redes sociais em vitrine empresarial. O jogador estruturou parcerias próprias, lançou produtos licenciados e criou projetos ligados a entretenimento digital. Sua presença online se tornou independente do calendário esportivo.
Outro exemplo é Gabriel Medina, que usou sua imagem para lançar marcas no setor de moda e lifestyle. O surfista construiu uma comunidade fiel e ampliou sua atuação fora das competições. Esse movimento consolidou sua marca pessoal no mercado digital.
Como atletas internacionais monetizam sua imagem online?
Nos Estados Unidos, LeBron James expandiu sua imagem digital para além do basquete. Ele fundou empresas de mídia, produção audiovisual e educação, usando sua audiência como base inicial. Estima-se que seus negócios próprios movimentem centenas de milhões de dólares.
Já Cristiano Ronaldo, de Portugal, transformou redes sociais em uma máquina global de receita. O atleta lançou linhas de produtos, aplicativos e hotéis com sua marca. Cada publicação se converte em visibilidade direta para seus próprios empreendimentos.
Quais tipos de negócios os atletas costumam criar?
Os modelos mais comuns envolvem marcas próprias de roupas, suplementos e produtos esportivos. Muitos atletas também investem em plataformas digitais, cursos online e canais de conteúdo exclusivo. A lógica é transformar seguidores em consumidores recorrentes.
Outro caminho frequente são startups e participações societárias em empresas de tecnologia. Com visibilidade e capital, atletas atraem investidores e parceiros estratégicos. A imagem online funciona como porta de entrada para negócios escaláveis.
Quanto esses negócios podem render financeiramente?
Os valores variam conforme alcance e engajamento do atleta. Um perfil com mais de 10 milhões de seguidores pode gerar contratos próprios acima de R$ 5 milhões por ano. Em casos globais, a cifra ultrapassa facilmente R$ 50 milhões anuais.
Além da receita direta, existe valorização de marca no longo prazo. Empresas associadas a atletas ganham credibilidade instantânea. Isso explica por que muitos negócios seguem lucrativos mesmo após a aposentadoria esportiva.
Quais riscos existem ao usar a imagem como negócio?
A exposição excessiva pode gerar desgaste de imagem se não houver estratégia clara. Crises de reputação impactam diretamente os negócios criados. Por isso, muitos atletas hoje contam com equipes de gestão digital e comunicação.
Outro risco é depender apenas da popularidade momentânea. Negócios sustentáveis exigem produto real, entrega consistente e planejamento financeiro. A imagem abre portas, mas não sustenta um negócio sozinha.





