Estava lendo algumas notícias sobre mais uma possível lesão de Neymar. Primeiro, dizem que machucou; em seguida, o time viaja e ele não acompanha; depois, o pai desmente. É sempre o mesmo roteiro: manchetes, dúvidas, polêmicas. No fim, a sensação é uma só: a condução dessa carreira virou um caos ou sempre foi assim?
É impossível não lembrar de onde tudo começou. Eu estava em Berlim. Junho de 2015. Final da Champions League entre o trio MSN (Barcelona) x Juventus, quando o “menino Ney” estava voando. Campeão da Champions, artilheiro, parceiro de Messi, dono da cidade de Barcelona. Ali, ele parecia caminhar para uma carreira histórica. Rico, ídolo, protagonista da seleção pentacampeã. Era um conto de fadas.
Até que veio a “jogada de mestre”: a transferência para o PSG, aquela apresentação na Torre Eiffel que prometia o mundo. A partir dali, o enredo virou (na minha humilde opinião). Teve pênalti tirado da mão do Cavani, briga com jogadores cascudos, ausências em momentos importantes, festas, polêmicas e, como diz a série, “o caos estava armado”.
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Neymar sempre jogou muito, isso é inegável. É um gênio, talvez um dos mais talentosos que já vimos com a bola no pé. Mas o que se acumulou foram mais manchetes do que gols (e olha que ele fez muitos). Brigas, desgastes, portas fechadas, relações estremecidas. Hoje, ele encara uma realidade dura:
- Risco de Série B no Brasileirão com o Santos;
- Distante da Copa do Mundo;
- Uma sequência interminável de lesões.
É triste ver isso acontecer com um dos maiores talentos que o Brasil já produziu. Gosto dele, admiro o futebol, o lado social, o carinho dos amigos e companheiros de profissão. Porém, é impossível não reconhecer: o caminho se perdeu. Neymar tinha talento para 10 Bolas de Ouro. Podia ter escrito uma história gigante. Podia ter feito o Brasil sonhar de novo.
‘Ah, mas ele é bilionário’. Que bom, que aproveite. Se esse era o objetivo, ele alcançou. Mas falo aqui como torcedor, como pai, como quem queria vê-lo no auge até o fim: cheio de Bolas de Ouro, duas Copas do Mundo e encerrando a carreira lotando o Maracanã num jogo Neymar x Messi/Cristiano.
Agora, resta aguardar o capítulo final: Série B? Copa pela TV em Mangaratiba? Não era o que eu sonhava. Nem meu filho, que ainda espera ver ele brilhando com a Amarelinha.
Seguimos aguardando as cenas dos próximos capítulos.





