Nesta segunda-feira, 10, o recurso do caso do jogador Bruno Henrique, do Flamengo, foi julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD). No entanto, o auditor Marco Aurélio Choy pediu vista e o julgamento foi adiado.
A sessão começou com o pedido de prescrição do caso, por parte da defesa, sendo negado de forma unânime. Em seguida, a punição do jogador foi julgada. Depois da apresentação das duas partes, o relator Sergio Furtado Filho votou pela absolvição de Bruno Henrique no artigo 243-1, que prevê 12 jogos de suspensão, e punição no artigo 191, com uma multa de R$ 100 mil.
“O acervo não demonstra que Bruno Henrique tenha atuado de maneira deliberada para alterar o resultado da partida. Os relatórios apontam movimentações suspeitas de apostas, mas não demonstram que o atleta tenha atuado de maneira deliberada com o irmão. O lance em si reforça a falta de evidência de vincular o cartão a um ajuste prévio”, disse Sérgio Furtado Filho.
No entanto, o auditor Marco Aurélio Choy pediu vista do processo e o julgamento foi interrompido sem uma resolução definitiva. A definição do caso seguirá em uma outra data.
Com isso, Bruno Henrique segue livre para defender o Flamengo na reta final do Campeonato Brasileiro. O Rubro-negro volta a campo neste sábado, 15, às 18h30 (de Brasília), quando visita o Sport, pelo jogo atrasado da 12ª rodada do Campeonato Brasileiro, na Ilha do Retiro.
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Relembre o caso de Bruno Henrique
No último mês de setembro, Bruno Henrique foi condenado em primeira instância a 12 partidas de suspensão e multa de R$ 60 mil por beneficiar apostadores ao forçar um cartão amarelo em uma partida do Campeonato Brasileiro. O caso aconteceu no dia 1 de novembro de 2023, contra o Santos, no Estádio Mané Garrincha. O jogador recebeu dois cartões amarelos por reclamação nos acréscimos da partida e o Peixe venceu por 2 a 1.
Logo após a condenação, o Flamengo conseguiu um efeito suspensivo e Bruno Henrique tem entrado em campo normalmente desde então. Tanto a defesa do jogador quanto a acusação entraram com um pedido de recurso. Assim, o julgamento desta segunda-feira podia ter quatro resultados: absolvição, redução, manutenção ou aumento do número de jogos suspensos.
“O Flamengo está aqui para dizer que não foi prejudicado. Desportivamente, o melhor a se fazer era levar o cartão amarelo. Forçar cartão amarelo não é uma atitude antiética ou antidesportiva. A finalidade não era alterar o resultado da partida, mas sim ficar de fora de um jogo contra o Fortaleza para enfrentar o Palmeiras, algo que acontece em todas as rodadas do campeonato. O que nos resta é a previsão do RGC, que proíbe dar informação privilegiada a terceiros. A defesa não considera esta uma informação privilegiada, porque qualquer conhecedor de futebol preveria que ele tomaria o terceiro cartão amarelo contra o Santos. Quando muito ele descumpriu um regulamento. O Flamengo requer absolvição”, disse Michel Assef, advogado do Flamengo.





