O colapso da Liberated Brands, responsável por nomes como Billabong e Quiksilver, marca o fim de uma era nos esportes radicais.
Com mais de 100 lojas fechando e 1.400 demissões, a falência expõe a crise silenciosa que atingiu o setor.
Como a Liberated Brands chegou à falência?
A Liberated Brands foi um símbolo da cultura do skate e do surfe nos Estados Unidos. Mas a pressão do mercado e a ascensão da moda barata desestabilizaram suas finanças.
Mesmo controlando marcas de peso como Volcom e RVCA, a empresa não conseguiu manter competitividade diante da velocidade e dos preços praticados pelas redes de fast fashion.
A queda nas vendas físicas, o acúmulo de estoque e a dificuldade de adaptação ao e-commerce aceleraram o pedido de falência, revelando uma transformação radical no comportamento do consumidor.
O que acontece agora com Quiksilver, Billabong e Volcom?
A Billabong, Quiksilver e Volcom ainda têm valor de mercado, mas enfrentam um futuro incerto. O pedido de falência abre espaço para a venda das licenças dessas marcas a outros grupos interessados.
Apesar de manterem algum reconhecimento global, as mudanças podem ser profundas, inclusive na identidade das marcas. Especialistas alertam que novos administradores podem alterar até mesmo os nomes, moldando novas estratégias e públicos-alvo.
- As lojas físicas nos EUA serão fechadas
- Sites continuam no ar, com liquidações agressivas
- Licenças devem ser negociadas com outras empresas
- Possibilidade de rebranding total das marcas
Fast fashion destruiu o império dos esportes radicais?
A explosão do fast fashion é apontada como o principal vilão da derrocada. Marcas como Shein e Zara impuseram uma nova lógica de consumo: baixo custo, alta rotatividade e entregas ultrarrápidas.
Enquanto isso, empresas tradicionais como as da Liberated Brands seguiram com modelos de produção mais lentos e preços acima do desejado pelo novo público. O resultado foi a perda acelerada de relevância, principalmente entre os jovens.
Dica rápida: os estoques encalhados das marcas estão sendo liquidados online com descontos que chegam a 70%, o que pode ser uma oportunidade para fãs nostálgicos.
Roxy e RVCA podem sobreviver ao colapso?
Entre as subsidiárias da Liberated Brands, Roxy e RVCA estão sendo avaliadas caso a caso. Ambas ainda possuem forte apelo entre públicos específicos e podem ser relançadas via novos acordos comerciais.
Distribuidores internacionais demonstraram interesse em negociar diretamente os direitos dessas marcas, buscando revitalizá-las fora do modelo tradicional de lojas físicas.
- Roxy pode focar em moda feminina e esportes aquáticos
- RVCA é forte entre skatistas e artistas urbanos
- Possíveis relançamentos em formato digital ou coleções limitadas
- Negociações seguem com distribuidores nos EUA e Europa
Funcionários demitidos e a resposta do setor
O colapso da Liberated Brands afeta diretamente mais de 1.400 funcionários. Sindicatos nos Estados Unidos estão atuando para realocação e proteção trabalhista desse contingente afetado.
Entidades do setor esportivo também discutem medidas para preservar o legado das marcas e evitar que seus valores culturais se percam. Em meio ao caos, cresce a valorização das pequenas marcas independentes que mantêm a essência do surfe e do skate vivos.
Atenção: nos fóruns online e redes sociais, antigos consumidores compartilham memórias e peças raras, transformando os produtos em itens de coleção.





