Nova lesão no atacante do Vasco interrompe sua temporada e inicia processo de reabilitação.
O atacante Adson, do Vasco, precisou passar por cirurgia após sofrer uma nova fratura na tíbia direita. O jogador, de 24 anos, já havia passado por dois procedimentos cirúrgicos anteriores para tratar uma fratura por estresse no mesmo osso. A nova lesão ocorreu durante um treino nesta terça-feira e será necessário afastamento de alguns meses, conforme o clube informou.
O que é a fratura na tíbia?
A tíbia é o segundo maior osso do corpo humano, conhecido como osso da canela, localizado entre o joelho e o tornozelo. Ela é essencial para suportar o peso corporal, caminhar, correr e saltar — movimentos fundamentais para atletas.
Existem dois tipos de fraturas principais que podem atingir esse osso:
- Fratura por estresse: microlesões ósseas causadas por sobrecarga repetitiva. Comum em esportes de impacto, como futebol e corrida.
- Fratura por trauma: causada por pancadas diretas ou quedas, provocando ruptura imediata do osso.
No caso de Adson, a primeira fratura foi por estresse, enquanto a mais recente foi provocada por trauma direto durante um treino no CT Moacyr Barbosa, no Rio de Janeiro.
Por que a fratura de Adson é preocupante?
O caso de Adson é considerado de alta complexidade ortopédica, pois combina recidiva em um osso de carga e múltiplas cirurgias anteriores. Conforme explica o ortopedista Thiago Lima, da Casa Saúde São José:
“Cada cirurgia provoca alterações na estrutura óssea e nos tecidos ao redor, criando áreas de menor resistência e aumentando a suscetibilidade a novas fraturas, especialmente em trauma direto.”
Além do risco físico, há impactos funcionais e psicológicos, como dor crônica, medo de nova lesão e atrofia muscular durante o período de imobilização.
Qual é o histórico da lesão de Adson?
- Diagnóstico inicial: fratura por estresse na tíbia direita em 2024.
- Primeira cirurgia: setembro de 2024 para fixação com placa e parafusos.
- Complicações: necessidade de remoção da placa devido a desconforto, retardando a recuperação.
- Retorno aos gramados: março de 2025, com apenas 16 partidas e média de 20 minutos por jogo.
- Nova fratura: trauma direto em treino, levando a cirurgia imediata.
Como será a recuperação do atacante?
O Vasco informou que o procedimento cirúrgico foi bem-sucedido. O tratamento seguirá fases estruturadas:
- Pós-operatório imediato (0–3 semanas)
- Controle de dor e edema
- Imobilização ou apoio parcial
- Mobilidade de joelho e quadril
- Consolidação inicial (3–8 semanas)
- Carga progressiva monitorada
- Fortalecimento isométrico e circulatório
- Prevenção de rigidez articular
- Consolidação avançada e recondicionamento (2–4 meses)
- Retorno à carga total
- Reeducação da marcha
- Treino funcional
- Retorno esportivo gradual (4–6 meses)
- Treinos específicos de corrida e direção
- Fortalecimento máximo e pliometria
- Avaliação biomecânica
O tempo estimado de retorno ao esporte é de cinco a oito meses, dependendo da consolidação óssea e evolução clínica.
Quais são os riscos e possíveis sequelas?
Especialistas destacam que a tíbia é um osso de carga essencial para gestos atléticos de explosão, corrida e mudança de direção. Os principais riscos incluem:
- Dor crônica tibial ao impacto
- Síndrome compartimental crônica
- Redução da resistência óssea no longo prazo
- Atrofia muscular durante a imobilização
- Alteração no padrão de corrida e apoio
Apesar disso, atletas de alto nível podem retornar com sucesso, desde que respeitem o tempo de cicatrização e sigam um processo de reabilitação multidisciplinar rigoroso.
Leia também: Lesão de Léo Ortiz no tornozelo muda os planos do Flamengo
Quem vai se preocupar com a lesão?
O caso de Adson é relevante para:
- Torcedores do Vasco que acompanham a temporada do clube
- Profissionais de saúde e fisioterapia esportiva
- Atletas que buscam entender riscos de fraturas de estresse e trauma
- Jornalistas e comentaristas esportivos
Curiosidades sobre fraturas na tíbia em atletas
- A fratura de Adson é semelhante à de Paulinho, do Palmeiras, mostrando recorrência em atletas de alto rendimento.
- Microlesões persistentes podem enfraquecer o osso mesmo após cirurgia bem-sucedida.
- Intervenções repetidas aumentam o risco de complicações como adesões e síndrome dolorosa crônica.
Reflexão sobre a carreira de Adson
O caso de Adson evidencia como lesões ortopédicas podem impactar o desempenho de atletas profissionais. Mesmo após múltiplas cirurgias, há potencial para retorno ao mais alto nível, mas exige paciência, disciplina e acompanhamento especializado.
🟢 Gostou do conteúdo? Compartilhe com alguém que vai adorar saber disso!





