A entrada da Cadillac na Fórmula 1 marca um momento histórico para a marca, à medida que se prepara para lançar seu primeiro carro na categoria. A estratégia para desenvolver esta nova máquina e treinar a equipe envolve a utilização intensiva de tecnologia virtual e o envolvimento de pilotos talentosos, tudo para assegurar que o time esteja pronto para a competição no próximo ano.
Além de contar com um elenco de pilotos para simulação, a equipe está realizando simulações completas de fins de semana de corrida de Fórmula 1 desde junho. Com a ajuda de pilotos experientes como Simon Pagenaud, Charlie Eastwood e Pietro Fittipaldi, a Cadillac está utilizando os simuladores avançados da General Motors, localizados em Charlotte, para recriar as condições das corridas da maneira mais realista possível. Este grupo de pilotos tem desempenhado um papel crucial na avaliação e no aperfeiçoamento das estratégias operacionais da equipe, conforme eles aprendem e adaptam técnicas nas condições de corrida simuladas.

Por que a Cadillac ainda não tem um carro físico?
Embora a equipe tenha feito progressos significativos em termos de preparação virtual e seja robusta em termos de talentos humanos, um elemento essencial ainda está em falta: um carro físico para testes práticos. Este desafio é uma prioridade para Graeme Lowdon, responsável pelo projeto. O objetivo é garantir que todos os aspectos operacionais estejam em sincronia, algo que não pode ser totalmente avaliado sem um carro físico disponível. Para superar essa lacuna, a equipe está buscando fechar um acordo com a Ferrari para obter um carro anterior e praticar manobras cruciais para o sucesso em corridas, como as paradas nos boxes.
Como os mecânicos da Cadillac estão se preparando?
Graeme Lowdon enfatizou a importância de criar um ambiente de aprendizado que permita aos mecânicos desenvolverem a “memória muscular” necessária para operar eficientemente um carro de Fórmula 1. Esse treinamento inclui manusear equipamentos específicos da categoria, como mantas térmicas, e acostumar-se com as dimensões e o calor emitido por um carro de F1. O sentimento é que somente a prática permitirá que eles igualem a experiência das outras equipes no grid, algo que só seria possível pela proximidade com um carro F1 real.
Apesar de ainda não terem um carro especificamente projetado para os regulamentos de 2026, a possibilidade de emprestar um carro da Ferrari demonstra como estão comprometidos em tornar a transição para as pistas de corrida a mais fluida possível. Esse movimento exigiria uma aprovação da FIA, o que não é visto como um obstáculo, considerando que a intenção principal não é obter vantagem técnica, mas sim melhorar o treinamento da equipe.
Quais são os próximos passos para a Cadillac na F1?
À medida que se aproximam do lançamento oficial e com seu cronograma de desenvolvimento intensificando-se, a Cadillac continua a focar seus esforços na montagem de um time capaz e bem treinado. Colton Herta já está integrado como piloto de desenvolvimento, e Sergio Pérez segue contribuindo com seu conhecimento e experiência. Estes preparativos são observados atentamente pelo mundo da Fórmula 1, enquanto a equipe se posiciona como um competidor sério na temporada de 2026. A determinação e o planejamento meticuloso da Cadillac sinalizam sua ambição de não apenas entrar na Fórmula 1, mas de estabelecer-se como uma força digna de respeito na competição.