Em 30 de julho de 1966, o Estádio de Wembley foi palco de uma das finais mais controversas da história das Copas do Mundo. A Inglaterra enfrentou a Alemanha Ocidental em uma partida que ficou marcada por um gol duvidoso, conhecido como o “Gol Fantasma”.
O lance decisivo
Aos 11 minutos da prorrogação, com o placar empatado em 2 a 2, Geoff Hurst recebeu um passe e disparou um potente chute que acertou o travessão, quicou no chão e saiu.
O árbitro suíço Gottfried Dienst, após consultar o assistente Tofiq Bahramov, validou o gol, dando à Inglaterra uma vantagem de 3 a 2. A decisão gerou protestos imediatos dos jogadores alemães, que alegaram que a bola não havia cruzado completamente a linha do gol.

O estudo tecnológico
Décadas depois, em 2016, o canal britânico Sky Sports utilizou tecnologia avançada para analisar o lance. Através de simulações digitais, foi concluído que a bola realmente ultrapassou completamente a linha do gol, validando a decisão da arbitragem.
No entanto, a controvérsia persiste, especialmente entre os torcedores alemães, que se referem ao lance como “Wembley-Tor” (Gol de Wembley), e os ingleses, que consideram Bahramov um herói nacional.
O impacto cultural
O “Gol Fantasma” não apenas influenciou a história do futebol, mas também deixou uma marca cultural. Na Alemanha, o termo “Wembley-Tor” é utilizado para descrever lances semelhantes, enquanto na Inglaterra, Bahramov é lembrado com gratidão.
Essa partida também destacou a importância da tecnologia no esporte, levando à implementação de sistemas de linha de gol em competições futuras.