Em 2025, o pneu C6 da Pirelli foi utilizado pela primeira vez em uma corrida de Fórmula 1, causando repercussões diversas entre os pilotos. Este composto, o mais macio da gama da fabricante, foi desenhado especialmente para circuitos urbanos, mas recebeu críticas consideráveis, especialmente de Max Verstappen. O piloto holandês expressou sua insatisfação com o desempenho do C6, destacando sua inadequação para certas pistas e sugerindo que a Pirelli deveria reconsiderar seu uso.
Durante a classificação do GP de Baku, a maior parte dos pilotos demonstrou preferência pelo composto médio, o C5, devido à maior familiaridade e confiança em seu comportamento. Verstappen conseguiu a pole position nessa ocasião, em grande parte por ser o único que não cometeu erros na fase final da classificação. Ele pontuou que, além de Baku, o C6 não apresentou resultados satisfatórios em outras corridas, como Mônaco e Montreal.

Qual foi a resposta da Pirelli às críticas sobre o C6?
A Pirelli, através de seu responsável Mario Isola, reconheceu as críticas e a necessidade de revisar o composto C6. Isola mencionou que, embora não tenha discutido diretamente com Verstappen, as preocupações levantadas são válidas e alinhadas com as análises internas da empresa. A decisão de não utilizar o C6 em eventos futuros, como Singapura e Las Vegas, foi baseada em fatores de desempenho e adequação às condições climáticas específicas dessas corridas.
Qual é a razão da retirada do C6 de algumas corridas?
A exclusão do C6 de corridas como Singapura e Las Vegas se deve ao desgaste potencial causado por altas temperaturas e à granulação em climas frios. Em Singapura, a resistência necessária supera a capacidade do C6, e em Las Vegas, a amplitude térmica poderia intensificar os problemas de desgaste. Isso levou a Pirelli a optar por compostos mais consistentes como o C3, C4 e C5, que oferecem um equilíbrio melhor para as características dessas pistas.
Quais são os planos da Pirelli para o futuro dos compostos de pneus?
O foco da Pirelli agora está em aumentar a diferença de performance entre o C5 e o C6 para as próximas temporadas. Com a introdução de novos compostos e construções em desenvolvimento, a fabricante busca criar um delta mais claro e funcional entre os diferentes tipos de pneus. A temporada de 2025 serviu como um aprendizado valioso, destacando a importância de ajustes precisos nos compostos para atender às demandas das corridas e dos pilotos.
As críticas de Verstappen, apesar de duras, abriram um diálogo construtivo entre a Pirelli e a comunidade da Fórmula 1, orientando futuras inovações e estratégias de composição. A busca por equilíbrio entre desempenho e segurança continua a ser prioridade, enquanto a Pirelli se prepara para a homologação dos novos padrões para a próxima temporada, implementando modificações onde necessário para garantir a competição saudável e justa em todas as pistas do circuito mundial.