O futebol argentino perdeu nesta quarta-feira, 8, um de seus grandes nomes: Miguel Ángel Russo, técnico do Boca Juniors, faleceu aos 69 anos em decorrência de complicações causadas por um câncer de próstata. O treinador havia sido recentemente afastado de suas funções e estava sendo tratado em casa.
Russo deixa um legado marcante no Boca Juniors, clube onde conquistou a Copa Libertadores de 2007, a última do time até hoje. Ele teve três passagens pela equipe xeneize, em 2007, entre 2020 e 2021 e novamente a partir de maio deste ano, somando também um título argentino (2020/21) e uma Copa da Liga Profissional (2020).
“O Clube Atlético Boca Juniors comunica com profunda tristeza o falecimento de Miguel Ángel Russo. Miguel deixa uma marca inapagável em nossa instituição e será sempre um exemplo de alegria, cordialidade e esforço. Acompanhamos sua família e seus entes queridos neste momento de dor. Até sempre, querido Miguel!”, lamentou o Boca Juniors nas redes sociais.
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Segundo o jornal Olé, o Boca ofereceu à família do treinador o estádio La Bombonera para a realização do velório. Já a seleção argentina, que se prepara para um amistoso contra a Venezuela em Miami, prestou homenagem com um minuto de silêncio antes do treino.
Como jogador, Russo atuou durante toda a carreira pelo Estudiantes de La Plata, entre 1975 e 1988, período em que conquistou dois campeonatos argentinos (1982 e 1983). Pouco depois de se aposentar, iniciou a carreira como técnico no Lanús, em 1989, e foi responsável por conduzir o clube ao título da segunda divisão em 1992. Também venceu a Série B argentina com o Estudiantes (1995) e com o Rosario Central (2013), além de ter conquistado o Campeonato Argentino de 2005 pelo Vélez Sarsfield.
Ao longo de mais de três décadas de trabalho, Russo dirigiu grandes clubes da Argentina, como Racing, Colón, San Lorenzo e Atlético Los Andes, além de outros países da América do Sul, comandando o Universidad de Chile, o Millonarios (COL), o Alianza Lima (PER) e o Cerro Porteño (PAR). Passou ainda por clubes fora do continente, como o espanhol Salamanca, o mexicano Morelia e o saudita Al-Nassr.
Em 2017, o treinador havia superado um câncer de próstata durante sua passagem pelo Millonarios, mas a doença voltou a causar complicações nos últimos meses. Em setembro, Russo chegou a ser internado por uma infecção urinária e, desde então, seu quadro de saúde se agravou.