O técnico de Jannik Sinner, Simone Vagnozzi, falou sobre a final do US Open, disputada com Carlos Alcaraz. Na perspectiva do treinador, a derrota do italiano para o atual número um do mundo não foi algo inesperado. Além disso, o resultado também não teria representado uma crise, mas, sim, uma oportunidade para crescer.
“A derrota nessa final não foi surpreendente para mim. Nesse momento, o Carlos estava melhor física e ‘tenisticamente’ do que o Jannik. Não nos podemos esquecer que ele teve cinco meses muito difíceis e não faz sentido falar em crise quando ganhou dois Grand Slams este ano e fez finais praticamente todas as semanas. Depois, claro, todos queremos melhorar”, disse Vagnozzi ao Corriere dello Sport.
Além disso, Simone revelou que a equipe de Sinner aproveitou o período para introduzir mudanças. “Nos Estados Unidos, o Jannik não serviu bem. Antes de vir para a China fizemos uma pequena alteração no movimento do serviço. Adaptou-se rapidamente e tem servido muito melhor”, pontuou.
Ainda segundo Vagnozzi, Sinner sabe que precisa buscar variações em seu jogo. “Não significa que deva transformar-se num jogador de serviço-vólei, mas trabalhamos em coisas como as deixas, o slice, um primeiro serviço paralelo, responder com mais agressividade ou usar o kick ao corpo. Está a melhorar em muitas áreas”.
O técnico ainda ressaltou o tênis intuitivo do atual vice-líder na ATP: “Às vezes, perder ajuda a pensar que é um bom momento para mudar coisas. Na final com o Tien, com 2-2, perguntei-lhe se queria baixar a potência na resposta. Ele disse que queria tentar mais uma vez — e acabou por quebrar. É importante que siga o instinto”.
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Sinner, Alcaraz e Fonseca: o próximo Big 3?
Quando questionado sobre quem deve acompanhar o italiano e Alcaraz na sucessão do Big 3, Simone foi categórico. “Há muitos adversários potenciais. Fonseca, claro, mas gosto muito do [Jakub] Mensik. Se estiver saudável, pode crescer muito”, contou.