O novo Mundial de Clubes e suas polêmicas reacendem o debate sobre calendário, poder da Fifa e desigualdade entre continentes. A edição reformulada prevê 32 equipes, formato inspirado na Copa do Mundo e está prevista para acontecer nos Estados Unidos. Com isso, críticas vêm surgindo de diferentes setores do futebol global.
O que muda com o novo Mundial de Clubes?
O novo formato do torneio prevê 32 clubes disputando partidas a cada quatro anos, ao invés da versão anual com sete equipes. A ideia é valorizar a competição e ampliar sua relevância internacional. O modelo se assemelha ao da Copa do Mundo de seleções.
A Fifa, entidade organizadora, afirma que a mudança visa aumentar a competitividade e o engajamento global. Contudo, há preocupação entre clubes europeus e sul-americanos com o acúvulo de jogos e desgastes aos atletas.
Quais são as principais críticas ao novo formato?
As críticas se concentram em três pontos: calendário, impacto econômico e relevância esportiva. O torneio ocorre em meio às temporadas nacionais, dificultando o planejamento e gerando risco de lesões.
Além disso, muitos questionam se a nova versão do Mundial trará retorno financeiro proporcional ao esforço exigido. Para clubes sul-americanos, o desequilíbrio econômico com europeus torna a disputa desigual.

Quem são os clubes brasileiros classificados?
Até agora, Flamengo, Palmeiras e Fluminense estão garantidos com base em seus títulos recentes na Libertadores. A expectativa é que pelo menos quatro brasileiros participem, a depender do critério da Conmebol.
A presença de clubes do Brasil reforça a importância da competição para a visibilidade internacional. No entanto, também aumenta a pressão sobre o desempenho em campo.
Como o novo Mundial afeta os jogadores?
O aumento de jogos e a viagem internacional pesam diretamente sobre os atletas. Entidades como o sindicato mundial de jogadores, FIFPRO, manifestaram preocupação com o bem-estar dos profissionais.
Muitos jogadores já enfrentam sequências intensas entre torneios nacionais, continentais e seleções. A inserção de mais uma competição amplia esse desafio e pode comprometer o desempenho individual e coletivo.
Por que a Fifa insiste nesse novo modelo?
A Fifa aposta na expansão comercial e de audiência global. O novo Mundial promete novos contratos de transmissão, patrocinadores e receitas bilionárias. Para a entidade, trata-se de uma oportunidade de crescer sua influência no mercado de clubes.
Presidentes de federações nacionais, especialmente da Ásia e África, apoiam a ideia por enxergar uma chance de maior exposição para clubes locais. A resistência maior está em Europa e América do Sul, que já possuem calendários saturados.
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O que pensa a torcida sobre o novo Mundial?
Torcedores estão divididos. Parte celebra a possibilidade de ver seu clube enfrentando gigantes europeus em um torneio relevante. Outra parte teme o enfraquecimento de campeonatos locais e aumento da distância entre clubes ricos e modestos.
Em redes sociais e fóruns esportivos, os debates são intensos. A maioria demonstra preocupação com a perda de identidade dos torneios nacionais e o desgaste dos atletas.
Como os clubes europeus reagem à novidade?
Clubes como Real Madrid, Manchester City e Bayern de Munique já manifestaram reservas sobre o novo Mundial. A Associação de Clubes Europeus (ECA) teme que o torneio interfira nas competições continentais.
Ainda assim, há um entendimento de que, com contrapartida financeira robusta, a participação é viável. Tudo dependerá de acordos entre as entidades e dos calendários das próximas temporadas.
O que podemos esperar do futuro do torneio?
A edição inaugural do novo formato será decisiva para consolidar ou enfraquecer o projeto. Se houver boa organização, público e jogos competitivos, a tendência é que o Mundial se torne parte definitiva do calendário global.
Por outro lado, caso o torneio enfrente rejeição de clubes e torcedores, a Fifa terá de repensar o modelo. O futebol vive um momento de transição, e o sucesso dependerá de equilíbrio entre interesses comerciais e esportivos.