Lewis Hamilton tem chamado a atenção na temporada de 2025 da Fórmula 1 pela opção de adotar configurações semelhantes às utilizadas pelo companheiro de equipe da Ferrari, Charles Leclerc. A decisão surgiu após uma série de resultados positivos do piloto monegasco, que conseguiu subir ao pódio quatro vezes em oito provas após o Grande Prêmio do Japão, ao adotar um acerto mais propenso ao sobresterço em seu SF-25. Diante desse cenário, Hamilton, experiente mas enfrentando dificuldades de adaptação ao novo carro e sem subir ao pódio na primeira metade da temporada, decidiu seguir os passos do colega visando obter melhor desempenho.
A mudança de estratégia aconteceu depois de Hamilton atingir uma marca inédita em sua carreira, ficando 14 corridas sem conquistar um pódio, o que chamou a atenção tanto da equipe quanto do público. No GP da Áustria, o britânico confirmou publicamente que estava ajustando seu acerto para se alinhar ao estilo de Leclerc, reconhecendo que esse caminho pode resultar em maior desgaste dos pneus, um fator que vem sendo cuidadosamente monitorado pelo time de engenheiros da Ferrari.
O que motivou Lewis Hamilton a seguir o acerto de Charles Leclerc?
A adaptação ao SF-25 revelou-se um desafio considerável para Hamilton. A Ferrari, na busca por maximizar a competitividade sob o novo regulamento da categoria, identificou uma tendência: o acerto de Leclerc, privilegiando uma traseira mais solta, proporcionava maior agilidade e respondeu positivamente em termos de performance nas corridas. Diante dos bons resultados do companheiro e de suas próprias dificuldades em encontrar o equilíbrio ideal, Hamilton optou por experimentar o mesmo caminho, mesmo ciente dos riscos inerentes, como a maior exigência dos compostos durante as provas.
Jerome D’Ambrosio, vice-chefe de equipe da Ferrari, confirmou que a expectativa é manter essa configuração nas próximas etapas, reforçando que a escolha tem a ver com extrair tudo o que o carro pode oferecer diante do atual panorama técnico do campeonato. Em sua análise, D’Ambrosio destacou a importância de lidar com a instabilidade na entrada de curva, uma característica notável nos carros da era atual da Fórmula 1.
 
Como o acerto com mais sobresterço afeta o desempenho dos pilotos?
Optar por um acerto que privilegia o sobresterço significa tornar o carro mais responsivo nas entradas de curva, característica valorizada por pilotos como Leclerc, que possui estilo agressivo e alta sensibilidade. Para Hamilton, que historicamente sempre buscou um equilíbrio mais neutro e previsível, a transição exige ajustes em sua pilotagem, tornando cada volta uma adaptação dinâmica ao novo comportamento do carro.
Essa mudança traz vantagens, como maior capacidade de atacar as curvas e potencial para disputar posições, mas também impõe desafios, principalmente no gerenciamento dos pneus ao longo de um stint. O sobresterço excessivo pode gerar desgaste mais rápido dos compostos traseiros, afetando a estratégia de paradas e a performance em corridas mais longas.
Quais as estratégias de Hamilton e Ferrari para o restante da temporada?
Com a permanência da configuração mais sobresterçante para o SF-25, a equipe de Maranello trabalha em conjunto com Hamilton para otimizar o rendimento em classificações e corridas. O objetivo é aproveitar os benefícios do acerto enquanto desenvolve soluções que minimizem seus pontos negativos, como o consumo excessivo de pneus. A intensidade das simulações e dos treinos livres aumentou, concentrando-se em pequenas variações de ajuste para proporcionar ao piloto britânico confiança nas disputas roda a roda.
- Monitoramento contínuo: Engenheiros acompanham atentamente o desgaste dos pneus em cada sessão para ajustar estratégias em tempo real.
- Testes em diferentes condições: Variações de temperatura e tipo de pista são levadas em consideração para adaptar o acerto conforme necessário.
- Ajustes personalizados: O time busca pequenas modificações que preservem o estilo de pilotagem de Hamilton, minimizando limitações.
O futuro da relação entre Hamilton e Leclerc dentro da Ferrari pode ser afetado?
Com ambos os pilotos utilizando configurações cada vez mais semelhantes, a dinâmica interna da equipe entra sob observação. A troca de informações entre Hamilton e Leclerc, além do compartilhamento de dados, tende a reforçar o trabalho colaborativo, favorecendo o desenvolvimento e a evolução do carro ao longo do campeonato. No entanto, é inevitável que a disputa direta por melhores resultados gere alguma tensão, algo comum em ambientes tão competitivos quanto a Fórmula 1.
As atenções permanecem voltadas para os desdobramentos dessa estratégia ao longo da temporada de 2025, enquanto a Ferrari busca reverter a maré e consolidar resultados expressivos em um cenário de intensas mudanças técnicas e forte disputa entre as principais equipes do grid.
 
			




