A polêmica recente envolvendo Lamine Yamal, jogador do Barcelona, trouxe à tona debates importantes sobre direitos, respeito e legislação na Espanha. Um evento privado, realizado para celebrar o aniversário de 18 anos do atleta, acabou sendo motivo de denúncia por parte de uma entidade de defesa das pessoas com nanismo. Os anões teriam sido contratados para “entreter” a festa do atacante.
Segundo informações divulgadas, a Associação de Pessoas com Acondroplasia e Outras Displasias Esqueléticas com Nanismo (ADEE) formalizou uma denúncia pública sobre a contratação de indivíduos com nanismo para participarem do entretenimento na festa do jogador. A polêmica cresce ainda mais devido ao fato de que a legislação espanhola aborda diretamente situações que envolvem esse tipo de atividade.
No entanto, os principais envolvidos na polêmica não parecem estar incomodados com o fato. Em entrevista à rádio RAC1, de Barcelona, uma das pessoas com nanismo contratada por Lamine Yamal saiu em defesa do jogador. Vale citar que o atacante do Barcelona foi denunciado por ter contratado os artistas para sua festa de 18 anos visando a “ridicularização”. A multa pode chegar na casa dos R$ 6,5 milhões.
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“Ninguém nos faltou ao respeito, nos deixem trabalhar em paz. Não entendo porque tanto alarde. Somos pessoas normais que fazem o que querem, de forma absolutamente legal. Em nenhum momento humilharam as pessoas com nanismo. Há alguns anos que estas pessoas (ADEE) nos prejudicam, querem proibir um trabalho de que gostamos e em nenhum caso ofereceram trabalho ou cursos às pessoas afetadas“, disse um dos contratados.
Por que a presença de Yamal pode agravar o caso?
No contexto do ocorrido, a presidente da ADEE, Carolina Puente, ressaltou que eventos envolvendo pessoas públicas, como ídolos do esporte, têm maior impacto social. Isso porque atitudes tomadas por figuras de relevância, especialmente aquelas admiradas por jovens torcedores e pelo público em geral, podem influenciar percepções e comportamentos.
As consequências para Lamine Yamal vão além do âmbito jurídico, podendo afetar também a imagem e trajetória do atleta. Caso responsabilizado, ele poderá arcar com multas expressivas e enfrentar questionamentos quanto ao seu papel de influenciador social. O caso chama atenção para a necessidade de compreensão sobre como atitudes em eventos particulares podem ganhar proporções públicas.





