O empresário Osmar Stábile, de 71 anos, assumiu interinamente a presidência do Corinthians após a aprovação do impeachment de Augusto Melo pelo Conselho Deliberativo do clube. Um dia após a decisão, nesta terça-feira (27), o novo mandatário concedeu entrevista coletiva no Parque São Jorge, onde falou sobre a grave situação financeira do clube e pediu união para enfrentar o momento turbulento.
“Terra arrasada”, assim Stábile definiu o cenário encontrado após a saída de Augusto Melo. De acordo com o dirigente, o Corinthians vive uma crise severa de fluxo de caixa e uma dívida estimada em R$ 2,5 bilhões. “Temos que pagar alguma coisa e não tem dinheiro. Onde está o dinheiro? Não tem. Temos que correr atrás para conseguir”, afirmou. “Não temos uma varinha de condão para mudar de imediato. Precisamos de trabalho e dedicação.”
Transição no comando do Corinthians e convocação de assembleia
Stábile, que foi eleito vice-presidente na mesma chapa de Augusto Melo em 2023, ficará no comando do clube até a realização de uma assembleia-geral de sócios, etapa que pode ratificar ou reverter o impeachment. Segundo o regimento do clube, o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Jr., deverá convocar a votação em até cinco dias — e o pleito deve ocorrer em até 30 dias após a convocação.
Apesar de ter feito parte da gestão eleita, Osmar Stábile afirmou não ter participado das principais decisões da administração de Augusto Melo. Agora no cargo máximo, ele defendeu foco no futuro do Corinthians e fez um apelo à pacificação interna.
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“Gostaria de pedir uma trégua política para as linhas do clube, que entendam que o momento é de ajuda. Não é hora de buscar críticas. É momento de união para mudar a situação”, disse Stábile, sinalizando abertura ao diálogo com diferentes grupos do clube.
Situação financeira é prioridade
Entre os principais desafios do novo presidente interino estão o reequilíbrio das finanças e o restabelecimento da credibilidade institucional do clube. “Tem que saber o planejamento: que dia cai o dinheiro, que horas cai o dinheiro. Se não tiver, temos que correr para buscar lá fora. Não dá para sair todo mundo maluco. Isso não é jeito de administrar”, explicou.
