As grandes transferências do futebol mundial não afetam apenas os clubes de elite. Por trás de cada negociação milionária, há clubes formadores que, mesmo longe dos holofotes, são diretamente influenciados, sobretudo financeiramente.
Como funcionam os mecanismos de solidariedade no futebol
Segundo as normas da FIFA, os clubes que participaram do processo de formação de um atleta entre os 12 e os 23 anos têm direito a um percentual da transferência internacional. Esse mecanismo de solidariedade garante que clubes pequenos sejam recompensados proporcionalmente ao tempo em que desenvolveram o jogador.
Casos emblemáticos de clubes que lucraram com vendas milionárias
Um dos exemplos mais marcantes é o do Santos, que recebeu cifras consideráveis com as transferências de Neymar, mesmo em vendas indiretas posteriores. Outro caso é o do modesto São Cristóvão, que teve retorno financeiro na venda de Ronaldo Fenômeno. Esses valores, para equipes de menor orçamento, representam a sobrevivência e o investimento em novas gerações.
Como o dinheiro das transferências é utilizado nas categorias de base
Muitos clubes utilizam os recursos das vendas para:
- Reestruturar centros de treinamento
- Ampliar departamentos médicos e de análise
- Pagar dívidas acumuladas
- Investir na captação e formação de novos talentos
Isso cria um ciclo positivo, no qual o talento revelado gera recursos que viabilizam a revelação de novos jogadores.
As limitações e desafios na aplicação desses valores
Apesar do potencial impacto positivo, há desafios. A transparência na utilização dos recursos nem sempre é garantida. Além disso, muitos clubes esbarram em dificuldades burocráticas para acessar a parte que lhes é devida, especialmente em transferências com estruturas complexas ou triangulações.
