Melquizael ‘Melk’ Costa vai enfrentar o estadunidense Christian Rodriguez no UFC da Cidade do México, no sábado, 29. O brasileiro vem de vitória contra Andre Fili no dia 22 de fevereiro e vive seu melhor momento desde que entrou no UFC, lutando pela sua terceira vitória consecutiva. No entanto, ele terá pela frente um oponente duro, já que ‘CeeRod’ venceu cinco das sete lutas que disputou até o momento.
Nesse sentido, o brasileiro falou com exclusividade ao SportBuzz sobre essa próxima luta, seus planos futuros e seus objetivos dentro do UFC. Veja os detalhes!
Expectativa para luta com Christian Rodriguez
A luta de ‘Melk’ Costa contra ‘CeeRod’ foi marcada pouco tempo após a sua vitória sobre Fili. Com isso, o lutador teve um período curto para realizar uma preparação específica para o confronto. No entanto, ele minimizou o impacto dessa situação em seu desempenho:
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“Na verdade, a gente treina bastante tempo, nós não fazemos o camp (é um período de treinamento intensivo de um lutador antes de uma luta) só quando a luta está marcada, sempre estamos treinando. Quando a luta é marcada, a gente só ajusta as coisas. Eu peguei a luta contra o Fili com menos de um mês para se preparar. Eu já estava no camp, já treinando forte, e para essa luta, como eu já estava no ritmo, nem senti o impacto da perda de peso; me sinto até melhor. Então, para mim, está tudo ótimo.”
Além disso, quando perguntado sobre a sua expectativa para o combate, Melk Costa foi categórico ao afirmar: “Eu espero muita ‘porradaria’, uma luta bem sangrenta, porque o Rodriguez é um moleque novo como eu, cheio de vontade e gosta de partir para a porrada. Então, com certeza, o que não vai faltar é soco e sangue.”
Como foram os oito meses entre a luta contra o Nuerdanbieke e do Andre Fili?
“Para mim, foi terrível, porque era a minha última luta do contrato e eu estava esperando a renovação, aguardando a marcação da próxima luta, mas nada acontecia. Porém, eu mantive a mentalidade forte, a cabeça focada, e disse para mim mesmo que ia acontecer. Eu sabia que ia acontecer, era só estar preparado. E foi o que eu fiz: me mantive preparado, treinando forte, e quando apareceu a luta contra o Fili, eu estava pronto.”
Qual a estratégia para manter essa sequência de vitórias no UFC?
“A estratégia é fazer o que eu sempre faço: me divertir dentro do octógono. Eu amo isso, é o melhor momento da minha vida quando estou lá dentro trocando porrada. Trabalhei a minha vida inteira para isso, então eu aproveito cada instante. A semana da luta é a melhor semana da minha vida. Eu curto cada momento: a encarada, o corte de peso, tudo. É o melhor dia da minha vida. Então, a estratégia é essa: fazer tudo como sempre faço, com muito amor, muita vontade, com o mesmo calor e a mesma vibração. Me divertir e buscar uma boa briga, que é o que eu mais gosto.”
Sua meta é ser campeão do UFC?
“Eu penso em enfrentar o campeão, mas, na verdade, ele abriu mão do cinturão. Agora, o título será disputado entre Alexander Volkanovski e o Diego López. Minha meta, que muitos acham uma loucura, é me tornar campeão até os 30 anos. Estou com 28 e faço 29 este ano, ou seja, até o final do ano que vem, serei campeão do UFC.”
Quem é a sua maior inspiração nas artes marciais?
“Eu não tenho um ídolo específico que me inspirou a entrar nas artes marciais. Sempre fui pegando um pouco de cada um. Admirava o estilo do Anderson Silva, a forma como ele chutava em movimento, a vontade do José Aldo e a garra do Jon Jones. Eu admirava muito esses caras. Eu assisto ao UFC a minha vida toda, amo o que faço e conheço todos os lutadores. Então, absorvi um pouco de cada um. Não tem um que eu fale ‘comecei a treinar por causa desse cara em específico’.
Mas, quando percebi que poderia ser um atleta do UFC, foi assistindo ao Scott Holtzman, ele também tem vitiligo e luta na LFA (Legacy Fighting Alliance) e já se aposentou do UFC. Quando vi ele lutando, pensei: ‘Se esse cara está aí, eu também posso estar’. Foi aí que tive certeza de que poderia me tornar um atleta.”