Recentemente, o uso de Inteligência Artificial (IA) para determinar a pontuação em lutas de boxe tem gerado intensos debates. Tyson Fury, renomado pugilista britânico, manifestou seu descontentamento com a tecnologia após um confronto contra Oleksandr Usyk. Enquanto os juízes humanos deram a vitória a Usyk com um placar de 116 a 112, um sistema de IA pontuou a luta em 118 a 112 para o ucraniano, fomentando a controvérsia.

Por que Tyson Fury critica a IA na pontuação de lutas?
A crítica de Tyson Fury à IA reflete um temor compartilhado por muitos atletas e fãs: a desumanização das competições. Para Fury, a tecnologia não pode substituir o julgamento humano, que considera nuances e fatores subjetivos durante uma luta. Ele também expressou preocupações sobre o impacto no emprego, defendendo a preservação de funções dependentes de decisões humanas.
A captura de dados de combate através de IA envolve a análise de movimentos, golpes e estatísticas em tempo real, comparando-os com padrões conhecidos. Embora tecnicamente avançado, esse processo falha em captar elementos como a resiliência do lutador, a estratégia e a moral — aspectos que os juízes laterais humanos podem avaliar melhor.
A avaliação da IA impacta o resultado oficial das lutas?
Atualmente, o uso de IA em lutas de boxe tem caráter experimental e não influencia as decisões oficiais, segundo Turki Alalshikh, ministro do entretenimento saudita. A iniciativa busca oferecer uma nova perspectiva ao esporte, testando a precisão e a imparcialidade em situações de combate.
Apesar disso, cresce a discussão sobre a implementação definitiva da tecnologia. Para alguns, a IA pode reduzir erros humanos; para outros, como Fury, é essencial preservar a subjetividade do julgamento no boxe.
O futuro da Inteligência Artificial nos esportes
A aplicação da IA no esporte é um tema de intenso debate. Enquanto apresenta a promessa de melhorar a precisão e a justiça nos resultados, enfrenta resistência daqueles que valorizam o elemento humano.
O futuro das competições depende de um equilíbrio cuidadoso entre inovações tecnológicas e a preservação do julgamento humano. A aceitação da IA no boxe e em outros esportes estará atrelada à sua capacidade de contribuir de maneira ética e significativa, sem comprometer a integridade do esporte.