A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) confirmou que irá denunciar o Atlético-MG por episódios de violência ocorridos durante a final da Copa do Brasil, realizada na Arena MRV e vencida pelo Flamengo. Além da denúncia, a Procuradoria planeja solicitar a interdição do estádio até que o caso seja julgado.
O Atlético-MG será enquadrado nos artigos 211 e 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). O artigo 211 prevê multas de até R$ 100 mil e a interdição do local para clubes que “deixarem de manter o local com a infraestrutura necessária para garantir a segurança da partida”. Já o artigo 213 impõe perda de mando de campo de até dez jogos e multa de até R$ 100 mil a clubes que “não tomarem providências para prevenir e reprimir desordens, invasões de campo e lançamento de objetos”.
É preciso falar sobre o que aconteceu na Arena MRV. Aí só algumas imagens que fiz. Muitos objetos, invasão, brigas e bombas. Jogadores quase foram atingidos, um fotógrafo foi parar no hospital, vários ameaçados. Não tem condições. Uma das experiências mais bizarras que já tive. pic.twitter.com/piG6ufR8zd
— Luiza Sá (@luizasabg) November 11, 2024
Súmula destaca caos na Arena MRV
O árbitro da segunda decisão, Raphael Claus, fez questão de citar na súmula todos os incidentes ocorridos antes, durante e depois dos 90 minutos de bola rolando na Arena MRV.
De todos, o incidente mais crítico, o arremesso de bombas para o gramado ocorreu em quatro oportunidades, e segundo Claus, teria tido autoria dos mandantes. Após o confronto, foi informado que um fotógrafo fraturou os dedos por causa das tais bombas e terá que passar por uma cirurgia nas próximas horas para se recuperar da lesão.
Além disso, uma invasão durante a partida até foi contida rapidamente pela segurança, mas diversos torcedores teriam tentado fazer o mesmo pouco antes da premiação. Apesar da maior dificuldade, tanto a segurança privada, quanto a Polícia Militar conseguiram conter a tentativa de chegar aos jogadores.
Em outro ponto do documento, foi citada a paralisação de sete minutos do jogo por causa do arremesso de objetos contra os jogadores do clube carioca após o gol de Gonzalo Plata, já na reta final do confronto. O arremesso de copos já vinha sendo uma prática comum no restante dos 90 minutos, tendo acontecido outras quatro vezes.
Por último, foram relatados dois momentos de laser mirado dentro de campo, mais precisamente, no rosto do goleiro Rossi, do Flamengo. Logo no início do jogo, com apenas 12 minutos, e no começo da segunda etapa, com cinco passados, foram os momentos em que ele foi utilizado sendo mirado para o gramado de jogo.