A suspensão por doping de Paul Pogba foi reduzida de quatro anos para 18 meses após o Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) aceitar o argumento do meio-campista da Juventus de que a ingestão da substância proibida “não foi intencional”. O tribunal destacou, no entanto, que o jogador da seleção francesa “deveria ter sido mais cuidadoso nas circunstâncias”.
Pogba, de 31 anos, foi suspenso em fevereiro pelo tribunal nacional antidoping da Itália (Nado), depois que um teste revelou níveis elevados de testosterona – substância que aumenta a resistência física – em seu organismo. A violação foi confirmada em uma segunda amostra, e o escritório do procurador antidoping solicitou uma suspensão de quatro anos.
A defesa de Pogba alegou que a infração ocorreu por erro ao tomar um suplemento prescrito por um médico na Flórida, o que teria levado à contaminação involuntária. “O meu erro não foi intencional”, disse Pogba, que recorreu ao CAS para tentar reduzir a punição.
O CAS manteve a decisão de que houve violação das regras antidoping, mas reduziu a pena para 18 meses, com início em 11 de setembro de 2023. O tribunal avaliou que Pogba “não estava isento de culpa”, mas reconheceu que, como jogador profissional, ele deveria ter exercido mais cautela ao lidar com a substância.
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Fontes próximas ao jogador revelaram à BBC Sport que Pogba poderá retomar os treinos em janeiro e estará apto para voltar a jogar a partir de março de 2024. O ex-jogador do Manchester United buscava reduzir a suspensão para 12 meses, mas o CAS concluiu que a punição deveria ser mais longa devido à “imprudência grave” do atleta.
Apesar do alívio com a decisão, Pogba refletiu sobre o impacto do caso em sua vida. “Finalmente, o pesadelo acabou”, declarou o jogador. “Agora posso voltar a sonhar com o dia em que poderei seguir meus sonhos novamente. Jogo com integridade e, embora aceite que esta é uma infração de responsabilidade objetiva, agradeço aos juízes do Tribunal Arbitral do Esporte que ouviram minha explicação. Este foi um período extremamente angustiante na minha vida, porque tudo pelo que trabalhei tão arduamente foi colocado em espera”. A decisão do CAS ainda pode ser contestada no Tribunal Federal Suíço, mas apenas em casos com fundamentos limitados.