O jogador brasileiro Oscar, com 32 anos, está preparando suas malas para deixar a China. “Eu amo aqui, amo Xangai, mas é muito longe, não tem como a gente ficar aqui”, revelou Oscar, em seu apartamento no distrito de Pudong, diante do majestoso rio Huangpu.
A distância e a saudade de casa são alguns dos motivos principais para essa decisão. “Minha mãe está ficando mais velha, minhas irmãs estão tendo filhos, a gente quer estar perto”, completou. Ele e sua esposa são de Americana, no interior de São Paulo, onde residem as mães de ambos.
Oscar na Liga Chinesa de Futebol
Oscar, que estrela na liga chinesa de futebol, está chegando ao fim de seu contrato com o Shanghai Port (anteriormente Shanghai Shanggang). “Agora tem limite salarial, então é mais difícil”, explicou. Em 2020, seu salário foi apontado pela Forbes como sendo de impressionantes US$ 25 milhões por ano (R$ 141 milhões).
Entre clubes brasileiros, europeus e do Qatar, há várias especulações sobre seu próximo destino. “Vou esperar o fim do ano e decidir”, comentou Oscar, ansioso para saber seu próximo capítulo após a temporada chinesa, que termina em novembro.
Quais são as Opções de Oscar?
O futuro de Oscar ainda não está claro. O Shanghai Port até ofereceu a ele um posto na administração do clube para quando ele encerrar a carreira, mas o jogador vê essa possibilidade como algo distante. “Pode ser um plano para o futuro”, afirmou.
Apesar da especulação incessante sobre uma transferência para o Flamengo, Oscar não confirmou nenhum interesse específico. Ele ainda acredita na possibilidade de voltar a ser convocado para a seleção brasileira, especialmente jogando em uma liga com maior visibilidade.
Desafios e Expectativas
Na China, Oscar enfrentou o desafio da visibilidade reduzida, admitindo que a falta de transmissão dos jogos chineses impacta sobre suas chances de ser notado. “Na Europa ou no Brasil, com certeza teria mais chance”, ponderou, lembrando do técnico da seleção, Dorival Júnior, com quem tem uma relação próxima desde os tempos de Internacional.
Oscar ressaltou que a qualidade do futebol chinês ainda não é percebida da mesma forma globalmente, apontando para as dificuldades da seleção chinesa. “A seleção deles não vem bem”, disse ele, apoiando a decisão chinesa de investir no futebol de base.
O Que Mais Sentirá Falta de Xangai?
- Segurança: Oscar cita a segurança de Xangai como incomparável. “A qualidade de vida que tem na China não tem no mundo”, exaltou.
- Educação dos filhos: Seus filhos, que falam mandarim, desfrutam de um ambiente escolar seguro e tranquilo.
- Liberdade: “Pode sair aqui duas, três da manhã, ir a qualquer lugar e nada vai acontecer”, disse Oscar, destacando a ausência de drogas e a sensação de segurança constante.
Apesar de tudo, o jogador está pronto para enfrentar novos desafios e abraçar novas oportunidades. A mudança para uma liga com maior visibilidade pode ser justamente o que ele precisa para voltar aos holofotes e, talvez, à seleção brasileira.
O Legado de Oscar na China
Oscar permaneceu fiel ao futebol chinês mesmo após a fase áurea dos grandes investimentos. “Os jogos são bons, têm torcidas apaixonadas e os estádios são novos e bem bonitos”, ressaltou. Mesmo assim, ele sabe que a mudança é inevitável, e a família está ansiosa para descobrir o próximo destino.
Sobre sua posição de meia, Oscar acredita que o papel está em perigo de desaparecer no futebol moderno. “Meu estilo é moderninho, gosto de jogar com a bola, mas também sei defender”, descreveu ele. Em todo caso, Oscar está pronto para novos desafios e aventuras, levando consigo as valiosas experiências que acumulou em quase uma década na China.





