A maior liga de surfe do mundo, a WSL viu seu protagonismo no Brasil crescer e muito na última década. Com a Brazilian Storm, vários atletas do país tiveram a oportunidade de crescer na modalidade e alcançar níveis que antes eram inimagináveis.
O avanço foi tão grande que a Liga Mundial de Surfe decidiu montar um escritório em São Paulo e passou a gerar negócios no país, à medida que o interesse pelo esporte aqui aumentou.
O CEO da WSL na América Latina, Ivan Martinho, acredita que desde sua instalação no Brasil, o principal desafio que a liga tem para seus próximos anos é reconstruir sua imagem que há tempos está atrelada a Gabriel Medina.
Em entrevista ao podcast Máquina do Esporte, Martinho explicou os planos da liga para o Brasil e ainda comentou sobre a crise de coronavírus.
“Imagina você ter um produto que dependa muito do ídolo. À medida que esse ídolo não exista mais, o seu produto começa a sofrer uma dificuldade, uma queda, que às vezes não retorna mais. Isso não é um problema no mundo inteiro, mas é um problema no Brasil”, disse.
O CEO lembrou os casos de Anderson Silva no UFC e de Gustavo Kuerten no tênis. Ambos eram vistos como “a cara” do esporte em todo o mundo e essas empresas também tiveram que lidar com a dissociação.
Em meio a pandemia de Covid-19, a WSL promoveu um festival de músicas com artistas ligados ao estilo de vida do surfe.
“As pessoas não deixaram de gostar da gente porque não tem evento ao vivo. Levamos, como liga, diversão às pessoas, nos conectamos à parte boa do dia delas. Com isso, vamos conhecendo melhor quem é nossa base”, finalizou.
Também como efeito do coronavírus, a Liga Mundial de Surfe anunciou a suspensão de todas as divisões do Circuito Mundial que estão marcadas, até o fim do mês de maio.
Na agenda estavam previstas várias competições do circuito de qualificação, com o início dos circuitos principais (masculino e feminino), em Gold Coast, na Austrália, prova que já foi suspensa.
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